Wang Jingwei | |
---|---|
Nascimento | 4 de maio de 1883 Sanshui District |
Morte | 10 de novembro de 1944 (61 anos) Nagoia |
Cidadania | Dinastia Qing, República da China |
Cônjuge | Chen Bijun |
Irmão(ã)(s) | Wang Zhaoyong |
Alma mater |
|
Ocupação | político, diplomata, artista |
Prêmios |
|
Causa da morte | câncer |
Wang Jingwei (chinês tradicional: 汪精卫; chinês simplificado: 汪精卫, pinyin: Wang Jingwei, Wade-Giles: Wang Ching-wei) (Sanshui, Guangdong, 1883 - Nagoya, Japão, 10 de novembro de 1944) foi um político chinês da primeira metade do século XX. É conhecido por ter participado da Revolução Xinhai pelo partido Tongmenghui e ter liderado a facção de esquerda do Partido Nacionalista, o Kuomintang (KMT), favorável a uma colaboração permanente com o Partido Comunista da China, após a morte do fundador do KMT Sun Yat-sen. Em 1927, Wang tentou continuar esta colaboração já que o governo do KMT, situava-se na cidade de Wuhan, mas seu rival Chiang Kai-shek, um militar que conseguiu conquistar a China Oriental, na chamada Expedição do Norte, ganhou a luta pelo poder.[1] Chiang Kai-shek estabeleceu um governo alternativo em Nanquim, e iria lançar uma campanha de perseguição contra os comunistas, após o Massacre de Xangai de 1927.
Depois de aceitar a liderança de Chiang e unir-se ao governo do KMT em Nanquim, Wang permaneceria sendo uma figura importante no partido e tornou-se um admirador dos movimentos fascistas na Europa, chegando a viajar para a Alemanha nazista, onde buscou o apoio do governo de Adolf Hitler.
Em 1938, após o início da Segunda Guerra Sino-Japonesa, Wang Jingwei abandonou novamente o governo de Chiang Kai-shek e procurou refúgio na cidade do interior de Chongqing, e aceitou a proposta dos japoneses para se tornar o presidente do regime chinês colaboracionista em Nanquim, sendo reconhecido como chefe de Estado chinês pelo Japão e seus aliados do Eixo durante a Segunda Guerra Mundial. Morreu por enfermidade no Japão em 1944; nunca foram claras as razões que o levaram a aceitar o cargo oferecido pelos japoneses. A interpretação mais comum atribui esta decisão à ideia generalizada de que o exército japonês era invencível, e que a colaboração era a melhor maneira de servir o país. Devido à sua colaboração com a ocupação japonesa, a sua figura tem sido fortemente criticada pelos historiadores chineses, que o têm considerado um traidor da pátria e colaboracionista, de forma similar a Vidkun Quisling na Noruega durante a ocupação alemã.[2]
No outono de 1904, um grupo de jovens, entre eles, o orfão, Wang Jingwei, foram enviados de Guangzhou para Tokyo pelo Vice-rei de Guangdong como parte de um programa para estudos politicos e legais na Universidade de Hosei. Lá ele teve seus contatos com os nacionalistas chineses e a Sociedade para a Regeneração Chinesa.[3]
Desde 1905, Jingwei já fazia parte do partido revolucionário de Sun Yat-sen, o Tongmenghui. Desempenhando o papel de expandir o partido para os chineses ultramarinos - fora da China - e tentando assassinar o Príncipe Regente Qing, em Beijing, fizeram de Wang Jingwei um dos principais lideres do partido.[4]
Durante a Revolução Xinhai de 1911, Wang Jingwei estava preso, devido a tentativa de assassinato de um principe Qing, e após a revolução, ele rejeitou todas as ofertas de cargos dentro do novo governo, preferindo estudar na França, e retornando a China no final de 1912 para as Eleições Presidenciais de 1913 na China.[5][6]
Em 1939 Wang Jingwei se separou novamente do Kuomintang sob o controle de Chiang Kai-Shek, criando seu própio Kuomintang.
Em 1940, o Império do Japão ofereceu ao Kuomintang de Wang Jingwei o poder do recém criado Governo Reorganizado da República da China, que unificava todos os principais fantoches japoneses na China.