Sonangol E.P. | |
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O "Edificio Sonangol", sede da empresa. | |
Empresa de capital fechado | |
Atividade | Energia |
Fundação | 1953 (71 anos) |
Sede | Luanda, Angola |
Pessoas-chave | Sebastião Pai Querido Gaspar Martins (presidente do conselho de administração)[1] |
Empregados | 10.000 |
Produtos | Petróleo, Gás natural |
Lucro | US$ 2,9 mil milhões (2013) |
Faturamento | US$ 44,2 mil milhões (2013) |
Website oficial | www.sonangol.co.ao |
Sonangol (abreviação de Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola) é uma empresa estatal do ramo petrolífero, responsável pela administração e exploração do petróleo e gás natural em Angola. O grupo possui várias subsidiárias, que normalmente têm a própria Sonangol como principal cliente.
É estimado que Angola tenha mais de 5 mil milhões de barris de petróleo em reservas costeiras e de alto-mar. Longe de ser uma empresa "normal", a Sonangol foi desde o início um instrumento de primeira importância nas mãos do regime político, para efeitos de benefício mútuo - servindo consequente e eficazmente os interesses do poder político, e obtendo de lado deste todas as condições para prosperar.[2]
O percurso histórico da Sonangol começou, em 1953, com a fundação de uma subsidiária da companhia portuguesa Sociedade Anónima de Combustíveis e Óleos Refinados (SACOR). A subsidiária, que receberia o nome de Sociedade de Lubrificantes e Combustíveis-SARL (ANGOL), foi criada para iniciar a prospecção e futura extração de áreas petrolíferas descobertas na então colônia de Angola.
Com a independência de Angola e na sequência da tomada do poder pelo MPLA, a companhia ANGOL foi nacionalizada e dividida em duas, formando a "Sonangol U.E.E." e a "Direcção Nacional de Petróleos". A Diretiva 52/76 instruiu que a Sonangol deveria ser uma empresa estatal com poderes para administrar as reservas de gás e petróleo do país. Utilizando as instalações remanescentes da Texaco, FINA, Shell e Mobil, a Sonangol obteve a assistência da empresa argelina Sonatrach e da italiana Eni.
Na década de 1980 Angola permitiu alguma abertura ao capital estrangeiro no negócio da extração e refino do petróleo bruto, removendo o monopólio da estatal, tanto para minar a defasagem tecnológica, quanto como instrumento político para frear as ambições coloniais belgas, estadunidenses e francesas, que interferiam fortemente na Guerra Civil Angolana.
Em 1991 o governo angolano resolveu nomear Albina Africano como presidente da empresa; química que havia vindo da administração privada do negócio petrolífero no país, marcou a primeira tentativa de abertura de capitais na Sonangol.
Em 20 de dezembro 2011, a organização não governamental Human Rights Watch em Nova Iorque chegou a exigir que o Governo de Angola explicasse onde estão os 32 mil milhões de dólares em falta nos cofres do Estado, relacionados com a petrolífera estatal Sonangol.[3][4]
Em junho de 2016, o presidente de Angola nomeou Isabel dos Santos presidente da Sonangol,[5] naquele que foi considerado um dos atos de maior nepotismo do governo.[6]
Dos Santos foi exonerada do cargo de Presidente do Conselho de Administração da Sonangol em 15 de novembro de 2017, pelo novo presidente angolano João Lourenço.[7][8]
Tida como a maior empresa de Angola, o Grupo Sonangol é formado por várias subsidiárias, que atuam em diferentes países, principalmente no Congo-Quinxassa, em Cabo Verde (através da Sonangol Cabo Verde) e em China através da empresa China Sonangol Resources Enterprise Ltd.[9]
A Sonangol possui ainda participações em empresas de diversos ramos como bancários, financeiros dentre outros, contando com mais de 30 subsidiárias. Além disso, ainda mantém subsedes operacionais nas seguintes cidades:
Sonangol é também uma importante patrocinadora das artes, desportos e serviços humanitários em Angola e em África.
Para além da actuação na indústria petrolífera, o Grupo Sonangol presta também serviços nas indústrias de telecomunicações, transporte aéreo comercial, prestação de serviços de saúde e sector imobiliário. As subsidiárias do grupo são:[10]