Shaman King | |
---|---|
シャーマンキング Shāman Kingu | |
Capa do primeiro volume de Shaman King publicado pela Shueisha. | |
Informações gerais | |
Gêneros | Ação, Aventura, Comédia, Sobrenatural |
Mangá | |
---|---|
Escrito e ilustrado por | Hiroyuki Takei |
Editoração | Shueisha |
Editoração lusófona | Editora JBC |
Revistas | Weekly Shōnen Jump |
Demografia | Shōnen |
Período de publicação | 1998 – 2004 |
Volumes | 32 |
Anime | |
---|---|
Direção | Seiji Mizushima |
Estúdio de animação | Xebec |
Emissoras de televisão | Animax / TV Tokyo Fox Kids / Jetix / Globo SIC |
Plataformas de streaming | Pluto TV |
Período de exibição | 4 de julho de 2001 – 25 de setembro de 2002 |
Episódios | 64 |
Mangá | |
---|---|
Funbari no Uta | |
Escrito e ilustrado por | Hiroyuki Takei |
Editoração | Shueisha |
Revistas | Akamaru Jump |
Demografia | Shōnen |
Período de publicação | 2003 – 2004 |
Volumes | 1 |
Mangá | |
---|---|
Shaman King: Zero | |
Escrito e ilustrado por | Hiroyuki Takei |
Editoração | Shueisha |
Revistas | Jump Kai |
Demografia | Shōnen |
Volumes | 1 |
Mangá | |
---|---|
Shaman King: Flowers | |
Escrito e ilustrado por | Hiroyuki Takei |
Editoração | Shueisha |
Revistas | Jump Kai |
Demografia | Shōnen |
Período de publicação | Abril de 2012 – presente |
Volumes | 4 |
Anime | |
---|---|
Direção | Joji Furuta |
Roteiro | Shōji Yonemura |
Música | Yuki Hayashi |
Estúdio de animação | Bridge |
Distribuição/ Licenciamento |
Netflix (streaming) |
Emissoras de televisão | TV Tokyo, TV Osaka, TV Aichi, TSC, TVh, TVQ e BS TV Tokyo Netflix |
Período de exibição | 1 de abril de de 2021[1] – presente |
Episódios | 52[2] |
Portal Animangá |
Shaman King (シャーマンキング Shaman Kingu?, do inglês: "Rei Xamã") é um mangá escrito e ilustrado por Hiroyuki Takei. A série conta a história de Yoh Asakura, um garoto xamã que treina para desenvolver suas habilidades a fim de ganhar o Torneio Xamã e se tornar o Rei Xamã. O xamanismo foi escolhido como o tema central da história porque Takei desejava explorar um tema que nunca havia sido abordado antes em um mangá.
O mangá foi publicado originalmente na Weekly Shōnen Jump da editora Shueisha entre 1998 e 2004. A série consiste em 285 capítulos compilados em 32 tankōbon. Uma adaptação em anime consistindo em 64 episódios foi dirigida por Seiji Mizushima e co-produzida entre Xebec e TV Tokyo. A série televisiva foi originalmente exibida pela TV Tokyo entre 4 de julho de 2001 e 25 de setembro de 2002. A reinicialização adaptação série de anime, produzida pela Bridge, estreou na TV Tokyo e outros canais em abril de 2021. A franquia também deu origem a mangás spin-off, álbuns de áudio, jogos eletrônicos e outras mercadorias.
No Japão, Shaman King foi uma série popular. O mangá original vendeu cerca de 26 milhões de cópias, tornando a série uma das mais vendidas de todos os tempos da Weekly Shōnen Jump, enquanto o anime esteve entre os dez mais assistidos da semana por diversas vezes. Os críticos da área tem provido comentários positivos em relação a série.
Manta Oyamada, um estudante pequeno, estudioso e medroso do ensino fundamental de Tóquio, tenta passar por um atalho através de um cemitério para chegar mais cedo a sua casa. No percurso encontra Yoh Asakura e seus "companheiros": um cemitério cheio de fantasmas. Yoh revela ser um xamã, um médium entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos, que também demonstra a habilidade em se unir com fantasmas para atingir um objetivo comum. Rapidamente após conhecerem um ao outro, Yoh e Manta se tornam melhores amigos, e Yoh passa a usar suas habilidades xamânicas para ajudá-los através de várias tarefas.
A Shaman Fight é uma batalha realizada uma vez a cada quinhentos anos entre xamãs para escolher aquele que ganhará o tão aspirado título de o "Rei Xamã", capaz de contatar o Grande Espírito (o espírito para o qual cada alma acabará por voltar). O vencedor ganha a habilidade de remodelar o mundo da maneira que desejar. Anna Kyoyama, a noiva de Yoh, logo entra em cena e prescreve um regime de treinamento brutal, a fim de preparar Yoh para o torneio. Assim começa o enredo que levará Yoh em uma viagem que o levará a fazer amizade com Ryu, Ren Tao, Horohoro, Faust VIII, Diethel Lyserg e Chocolove.
Antes de começar a trabalhar em Shaman King, Hiroyuki Takei foi um dos assistentes de Nobuhiro Watsuki na produção de Rurouni Kenshin[3] e disse que enquanto trabalhava pode trocar ideias com os outros assistentes.[4] Na época em que trabalhava com Watsuki, ele, primeiramente, fazia seu trabalho como assistente e apenas se dedicava à sua próprias obras nos dias de folga.[4] Ele também afirmou que foi influenciado pela arte urbana, hip hop e cultura do rap,[4] algo que pode ser visto em seu mangá.[5]
Ele escolheu o xamanismo como assunto principal da série, pois ele queria "um tema que nunca havia sido escolhido antes."[6] Ele disse que sua "própria personalidade" e "crenças foram incorporadas" à obra[4] e que por ele se interessar pelo tópico "escolher o xamanismo como tema da história parecia uma extensão natural disso."[6] Para o título do mangá, ele comentou que escolheu usar a palavra inglesa "shaman", porque "não há nenhuma palavra japonesa que, com precisão, tem o significado da palavra 'xamã'."[4]
O autor disse ter criado os personagens primeiro e desenvolvido a história em torno deles e que a "coisa mais importante [para criar um personagem] é ter originalidade." Perguntado sobre "como os xamãs [praticantes] de religiões pacifistas poderiam ganhar o Torneio Xamã", ele respondeu que eles lutam usando a "Força da Alma." Para desenhar, usou tinta e canetas bico de pena, enquanto que para a ilustração canetas hidrográficas da Copic.[4]
Após cinco do término da série original, quando finalizou o relançamento do mangá, Shaman King Kanzen-Ban, ele disse que "depois de fazer os leitores esperarem tanto por isso, a última coisa iria querer era desapontá-los." Ele também afirmou que pensou no fim da história com "grande responsabilidade".[7] Esta edição também serviu para fazer "correções e ajustes" e Takei achou "divertido", pois ele não teve começar a partir de esboços.[8]
A série de mangá Shaman King foi escrita e ilustrada por Hiroyuki Takei e foi originalmente publicada na revista Weekly Shōnen Jump entre 1998 e 2004.[9][10] A versão impressa consiste em 285 capítulos que abrangem 32 tankōbon com o primeiro sendo lançado em 3 de dezembro de 1998 e o último em 5 de janeiro de 2005.[11][12] Apenas os primeiros 31 volumes foram publicados normalmente, pois a publicação foi interrompida e o lançamento do 32° volume (que seria publicado em 3 de dezembro de 2004) foi adiado. A Shueisha informou que só iria publicar o último volume, se houvesse evidências de uma demanda de cerca de 50 mil pessoas.[10]
Durante a Jump Festa de 2009, a Shueisha anunciou um relançamento da série em formato kanzenban. Intitulada Shaman King Kanzen-Ban, nesta versão foram reimpressas toda a série em 27 volumes, concluindo o "verdadeiro final" da série nunca antes publicado.[13] A primeira edição foi publicada em 4 de março de 2008 e a última em 3 de abril de 2009.[14][15] Novos capítulos foram produzidos para esta versão, o que aumentou o número de 285 para 300.[16] O mangá também foi publicado como parte da série Shueisha Jump Remix, um total de dezesseis volumes foram lançados entre 1 de abril e 28 de outubro de 2011.[17][18]
Em novembro de 2011, um one-shot chamado Shaman King: Zero foi publicado na revista Jump Kai.[19] Ele foi publicado em um tankōbon único em 10 de maio de 2012.[20] Em novembro de 2011, a Shueisha anunciou a publicação de uma sequência, Shaman King: Flowers (シャーマンキング Flowers Shāman Kingu Furawāzu?), que passou a ser publicado a partir de abril de 2012 na revista Jump Kai. A história se foca em Hana Asakura, filho de Yoh e de Anna, que se desenvolvendo como shamã.[21] O primeiro tankōbon de Shaman King: Flowers foi lançado pela Shueisha em 10 de agosto de 2012 e atualmente se encontra no quarto volume, que foi lançado em 10 de outubro de 2013.[22][23]
No Brasil, Shaman King foi licenciado pela Editora JBC e publicado, diferentemente do original, em 64 volumes.[24] A primeira edição foi lançada em julho de 2003[25] e a publicação se encerrou em julho de 2006.[carece de fontes]
Em dezembro de 2020, durante Live no seu canal no Youtube, a Editora JBC confirmou que irá republicar o mangá Shaman King no Brasil[26] porém a data ainda está indefinida.
Ver artigo principal: Lista de episódios de Shaman King |
A adaptação para anime da série foi produzida pelo estúdio Xebec e dirigida por Seiji Mizushima.[27] A exibição no Japão pela TV Tokyo começou em 4 de julho de 2001 e se encerrou em 25 de setembro de 2002, o que gerou um total de 64 episódios.[28][29] No Brasil, sua exibição começou em 2002, na extinta Fox Kids.[25] Em Portugal, começou a exibir em 2004, no espaço SIC Kids do canal SIC.[30] No Japão, todos os episódios da série foram compilados e lançados em DVD pela King Records entre 30 de outubro de 2001 e 22 de janeiro de 2003.[31][32] Os DVDs foram mais tardes compilados e lançados em três boxes entre 27 de agosto e 25 de dezembro de 2008.[33]
Na Otakon de 2015, o ex-presidente da Madhouse e então presidente do MAPPA, Masao Maruyama, expressou seu desejo de trabalhar na reinicialização do Shaman King.[34] Em fevereiro de 2017, ao responder a uma pergunta de um fã, Takei revelou em seu Twitter oficial que recebeu uma oferta para reiniciar o anime de Shaman King, mas recusou a oferta porque foi informado de que o novo anime não seria capaz usar os dubladores e a trilha sonora do primeiro anime, embora Takei esperasse por outra chance no futuro.[35]
Em junho de 2020, foi anunciada uma nova série de anime para televisão que adaptaria os 35 volumes da nova edição completa do mangá.[36][37] O anime é produzido por Bridge e dirigido por Joji Furuta, com composição da série por Shōji Yonemura, desenhos de personagens por Satohiko Sano e música composta por Yuki Hayashi. Ele estreou em 1 de abril de 2021 na TV Tokyo e também foi exibido na TV Osaka, TV Aichi, TSC, TVh, TVQ e BS TV Tokyo.[38] Yōko Hikasa desempenha o papel de Yoh Asakura para a série de 2021. A série apresenta o retorno de membros do elenco da série anime de 2001, incluindo Megumi Hayashibara como Anna Kyōyama,[39] Katsuyuki Konishi como Amidamaru,[39] Minami Takayama como Hao Asakura,[40][39] Inuko Inuyama como Manta Oyamada,[41] Romi Park como Tao Ren,[41] Masahiko Tanaka como Ryunosuke Umemiya,[41] Yūji Ueda como Horohoro,[42] Wataru Takagi como Tokagerō,[41] Yoko Soumi como Lyserg Diethel,[43] Michiko Neya como Tao Jun,[44] Motoko Kumaicomo como Joco (Chocolove) McDonnell,[45] Nana Mizuki como Tamamura Tamao,[46] Takehito Koyasu como Fausto VIII,[47] Yui Horie como Jeanne Tao[38] e Hikaru Midorikawa como Silva.[48] A série consistirá de 52 episódios de quatro caixas de discos Blu-ray, cada uma com 13 episódios: com os dois primeiros agendados para lançamento em 25 de agosto e 24 de novembro de 2021, respectivamente, e os dois últimos com lançamento previsto para fevereiro 23 e 25 de maio de 2022.[49] Assim como na série de anime de 2001, Megumi Hayashibara executa as músicas-tema de abertura e encerramento da série de 2021.[50][41] O tema de abertura é "Salvação da alma" e o tema de encerramento é "#Boku no Yubisaki" (#ボクノユビサキ "My Fingertip"?).[38] O segundo tema de abertura é "Adieu" de Yui Horie.[51]
A Netflix adquiriu os direitos de streaming da série.[52] Está programado para começar na plataforma com dublagem em inglês[53][54] e em português em 9 de agosto de 2021.[55]
Ver também: Lista de jogos eletrônicos de Shaman King |
Treze jogos baseados em Shaman King foram lançados, sendo o primeiro, Shaman King Tyoh Senji Ryakketu Funbari Hen, em 21 de dezembro de 2001.[56] Nenhum dos jogos que foram desenvolvidos no Japão foram lançados fora do país, no entanto a Konami e a 4Kids Entertainment desenvolveram jogos que foram lançados somente na América do Norte e na Europa.[57][58]
Os temas musicais do anime Shaman King foram compostos por Masafumi Mima.[27] A série teve duas aberturas, "Over Soul" e "Northern Lights"; ambas cantadas por Megumi Hayashibara. Três temas de encerramentos forma usados, "Trust You", Omokage (おもかげ?) e Tamashii Kasanete (魂かさねて?), sendo as duas primeiras interpretadas por Megumi Hayashibara e a última por Yūko Satō. Inúmeros CDs de áudio foram lançados no Japão.[59] Dois CDs contendo a trilha sonoro do anime foram lançados, Shaman King: Vocal Collection e Shaman King: Original Soundtrack, sendo eles lançados em 27 de março de 2002 e 26 de junho de 2002, respectivamente.[60][61] Seis singles com as canções-temas de alguns personagens foram lançados em 24 de março de 2004, com as músicas cantadas por seus respectivos dubladores.[62][63] Além de álbuns musicais foram lançados três CDs drama em 27 de junho de 2001, 23 de outubro e 22 de novembro de 2002.[64][65][66]
Um jogo de cartas colecionáveis baseado na série foi lançado no Japão pela Takara Tomy e a Upper Deck comprou os direitos para distribuí-lo nos Estados Unidos.[67] A empresa planejava lançar o jogo com um marketing de massa em janeiro de 2005,[68] no entanto, mais tarde foi anunciado que a Blockbuster teria os direitos exclusivos para vender o jogo de 28 de janeiro a 15 de fevereiro, após ele ser liberado para outros varejistas.[69] Em uma entrevista, Cory Jones, diretor de Marca e Desenvolvimento de Novos Produtos da Upper Deck, afirmou que o jogo de cartas foi cancelado devido ao fraco desempenho e o posterior cancelamento do programa televisivo.[70]
Duas light novels com história de Hideki Mitsui e ilustrações de Hiroyuki Takei foram lançadas em 25 de dezembro de 2001 e 23 de agosto de 2002.[71][72] Um fanbook intitulado Shaman King Official Fan Book - Mankin Book (シャーマンキング公式ファンブック「マンキンブック」 Shaman Kingu Kōshiki Fan Bukku - Mankin Bukku?) foi lançado em 30 de abril de 2004.[73] O primeiro guidebook, que engloba a série original e é intitulado Shaman King Character Book - Manjien (シャーマンキングキャラクターズブック「万辞苑」 Shaman Kingu Kyarakutāzu Bukku - Majien?), foi lançado em 4 de junho de 2002.[74] O outro chamado de Shaman King Kazenban Final Official Guide Book Mantarite (シャーマンキング完全版 最終公式ガイドブック マンタリテ Shaman Kingu Kazenban Saishū Kōshiki Gaidobukku Mantarite?) foi lançado em 4 de junho de 2009, pouco após a versão kanzenban de Shaman King ser lançada.[75] No Japão, vários outros produtos foram lançados como vestimentas,[76] chaveiros,[77] figuras de ação[78] e outros brinquedos.[79][80]
Em 2008, o mangá original havia vendido cerca de 22 milhões de cópias só no Japão[81] e seu relançamento em kanzenban esteve, por vezes, entre os mais vendidos da semana.[82][83] Durante a sua exibição original, o anime esteve entre os dez mais assistidos da semana por diversas vezes.[84][85][86] Numa pesquisa online aberta aos japoneses sobre seus programas favoritos de TV divulgada em 2005, pela TV Asahi, Shaman King conseguiu a 47ª colocação.[87] O jogo de cartas colecionáveis de Shaman King vendeu, no Japão, cerca 165 milhões de unidades.[69]
Justin Freeman do Anime News Network criticou o primeiro volume por depender demais dos espíritos, afirmando que "o foco equivocado de Takei sobre eles, coloca a série no caminho errado" e que o resultado disso é que "os fantasmas acabam parecendo mais com Pokémon ou cartas."[88] John Jakala também do Anime News Network disse que ficou impressionado com o "estilo visual único", onde, segundo ele, os personagens são desenhados ao "estilo graffiti".[5] O site ActiveAnime disse que a série possui uma "ação vibrante" e "reviravoltas e um mundo criativo de lutadores xamãs", dizendo que Shaman King é "é uma série shōnen única e distinguível." A crítica Holly Ellingwood também elogiou o universo da série, comentando que "o conceito de superalmas, [e] os diferentes estilos dos lutadores xamã" a tornam "emocionante" de se ler, e que a arte "dinâmica", que é "um prazer em se olhar", traz consigo "ação emocionante" e "desenhos apelativos dos personagens".[89]
Apesar da maioria das críticas serem positivas, Eduardo Chavez do Mania Entertainment disse que Shaman King é um tipo de mangá que "consegue acertar todos os botões certo num volume e no próximo capítulo ser completamente chato."[3] E o último volume "pode deixar alguns leitores se sentindo enganados", segundo Leroy Douresseaux do site Comic Book Bin, que também afirmou que a série não tem uma ação tão intensa quanto Naruto ou Bleach. Ele ainda disse gostar das cenas de ação, mas que os personagens e a mitologia o deixaram "perplexo". No entanto, Douresseaux também comentou que "gostaria de ver para onde isso vai em um possível futuro mangá."[90]