O rito alexandrino é um rito litúrgico oriental utilizado por 69 a 79 milhões de cristãos pelas igrejas ortodoxas copta, etíope e eritreia, assim como pelas igrejas católicas orientais correspondentes.
O rito é dividido em duas variações: o uso copta e o uso ge'ez. O uso copta é nativo do Egito e praticado pela Igreja Ortodoxa Copta e pela Igreja Católica Copta, geralmente na língua copta, mas frequentemente em árabe e outras línguas vernáculas (como o inglês nos Estados Unidos), seguindo o tradicional calendário copta. O uso ge'ez é nativo da Etiópia e usa a língua ge'ez, empregando outros idiomas com muito menor frequência, e é praticado pela Igreja Ortodoxa Etíope, Igreja Ortodoxa Eritreia, Igreja Católica Etíope e Igreja Católica Eritreia, seguindo o tradicional calendário etíope.
Sua principal liturgia é a Divina Liturgia de São Basílio o Grande, o que num contexto copta significa não apenas a anáfora, mas também a ordem geral da Divina Liturgia no rito alexandrino.[1][2] A Igreja Ortodoxa Copta também usa hoje as liturgias de Santos Gregório Nazianzo e Cirilo de Alexandria (uma tradução copta da Divina Liturgia de São Marcos), que diferem apenas nas anáforas unidas em uma Liturgia dos Catecúmenos comum.[3]
O rito ge'ez, por sua vez, utiliza quatorze diferentes anáforas: além da já mencionada Liturgia de São Basílio, ainda utiliza a Anáfora dos Apóstolos (tradicionalmente atribuída aos apóstolos), a Anáfora do Senhor (uma variação da anterior), a de São João Evangelista (atribuída ao mesmo), a dos Trezentos (atribuída aos 318 padres do Primeiro Concílio de Niceia), a de Santa Maria (atribuída ao Bispo Ciríaco de Behnesa), a de São João Crisóstomo (a principal utilizada no rito bizantino), e ainda anáforas atribuídas a Santos Atanásio de Alexandria, Jacó de Serugh, Epifânio, Dióscoro de Alexandria, Gregório de Nissa e Gregório Taumaturgo.[4]