Real Time Kinematic (RTK) ou Posicionamento Cinemático em Tempo-Real é uma técnica de posicionamento relativo GNSS utilizada por sistemas como GPS, GLONASS, Galileo e outros.
A técnica baseia-se na medição de fase da onda portadora dos sinais dos satélites (ao invés das informações transmitidas por estes sinais) e sua correção utilizando dados oriundos de estações de referência. Uma estação de referência é um receptor GNSS fixo que possui sua posição previamente conhecida: esta estação de referência mede as fases das ondas portadoras para os satélites que detecta e envia estas medições ao receptor do usuário utilizando um sistema de telecomunicação. O receptor do usuário compara a medição recebida da estação de referência com sua própria medição para um mesmo satélite, realizando a correção da onda portadora para cálculo da posição [1][2]. Desta forma, os efeitos de interferências nos sinais (como erro do relógio do satélite, erros de efemérides e erros decorrentes da propagação do sinal na atmosfera, etc. que produzem os erros na pseudodistância) são minimizados.
Para ser funcional, a técnica exige um receptor GNSS equipado com tecnologia RTK, a existência de uma ou mais estações de referência (particulares ou serviços governamentais - como a Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo no Brasil e ReNEP em Portugal), o acesso à uma rede de telecomunicação entre o receptor GNSS do usuário e a estação de referência, e que a distância entre o receptor e a estação de referência seja de, no máximo, 20 km [3].
A acurácia planimétrica do RTK pode atingir 0,02 - 0,2 m nos melhores casos, o que torna a técnica eficiente para atividades que demandam posicionamento de alta acurácia: exemplos incluem agricultura de precisão, demarcação de terrenos, posicionamento para veículos autônomos, entre outros [3].