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Haroldo Costa
Haroldo Costa
Costa, 2013
Nascimento 13 de maio de 1930 (93 anos)
Rio de Janeiro

Haroldo Costa (Rio de Janeiro, 13 de maio de 1930) é um ator, escritor, produtor e sambista brasileiro.

Biografia

Aos 2 anos de idade Haroldo teve a mãe falecida. Após a morte da esposa, o pai de Haroldo se mudou para Maceió, Alagoas, onde a família paterna morava. Na falta da mãe, de quem não carrega memórias e nem muitas informações, a figura materna que marcou presença foi sua tia, Isabel Costa, quem o alfabetizou e educou.

O ambiente da cultura tradicional popular alagoana representou grande influência para Haroldo com o calendário festivo e folclórico de Maceió. Foi através das festas populares que ainda menino teve contato com Reizados, Guerreiros, Maracatu, Pastoris, Chegança, Quilombo, e todas as danças regionais de Alagoas, além da parte gastronômica própria dessas datas.

Ao retornar ao Rio de Janeiro com o pai, Haroldo foi viver na Rua Joaquim Silvam, no bairro da Lapa, que até hoje preserva a preferência pela vida boêmia na cidade. Ali teve contato com o carnaval, seguindo o gosto do pai pelos blocos de rua tradicionais do carnaval carioca.

Aluno do Colégio Pedro II, teve contato com política estudantil e chegou a presidente do Grêmio Científico e Literário. Durante o movimento de redemocratização iniciado no pós guerra, após 1945, passou a frequentar a UNE - União Nacional dos Estudantes, como delegado do Grêmio Estudantil do Pedro II. Envolvido no movimento estudantil, tomou parte da comissão de fundação da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas.

Na ocasião a UNE abarcava diversas iniciativas culturais como o Teatro Universitário, Balé da Juventude e aulas de alfabetização para adultos no Teatro Experimental do Negro, fundado por Abdias Nascimento. Haroldo se envolveu com as aulas de alfabetização, estimulado por seu pai, e foi ali que teve o primeiro contato com o Teatro Experimental do Negro.

Teatro

A iniciação teatral de Haroldo Costa deu-se no Teatro Experimental do Negro. quando atuou na peça O FILHO PRÓDIGO, de Lucio Cardoso. Além da atuação nas peças, tomou parte de outras ações paralelas capitaneadas por Abdias Nascimento, como o seminário do qual participou Alberto Guerreiro Ramos, sociólogo que publicou o livro "A Patologia do Branco Brasileiro", psicodramas, o concurso do Cristo Negro, a Rainha das Mulatas e um jornal chamado Quilombo.

Ser negro era um estigma. Não era uma circunstância racial, era um estigma.[1]

O trabalho com os clássicos realizado no Teatro Experimental do Negro, fomentou o desejo por obras mais dinâmicas. O que resultou na criação do Grupo dos Novos, que veio a ser o Teatro Folclórico Brasileiro e posteriormente renomeado para Brasiliana.

O grupo ganhou notoriedade e experiência com turnês de teatro pelo Brasil e mundo afora. A Brasiliana viajou por 25 países durante cinco anos.

De volta ao Brasil, depois da viagem de cinco anos pelo mundo com a companhia de danças Brasiliana, da qual foi um dos fundadores, diretor artístico e um dos bailarinos, foi convidado por Vinicius de Moraes, de quem tornou-se amigo em Paris, para protagonizar a peça ORFEU DA CONCEIÇÃO. Representou também o papel de Jesus no Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna. No cinema trabalhou dirigiu o filme PISTA DE GRAMA e como ator participou de CLEO E DANIEL (Dir. Roberto Freire) DEU NO New York Times (Dir. Henfil) RUA ALGUEM 555

Haroldo Costa, 1964. Arquivo Nacional

Durante muito tempo atuou como produtor-realizador de espetáculos, contratado por proprietários de casas de shows. Foi assim que, a partir de 1960 ele apresentou na Boate Plaza, de Mauricio Lanthos, Top Club do Barão Von Stuckardt, no Night and Day e Fred´s, de Carlos Machado, na Boate Drink dos Irmãos Peixoto (Cauby, Andiara, Moacir e Araken), no Golden Room do Copacabana Palace, na Sucata de Ricardo Amaral, todas no Rio de Janeiro, shows de carater essencialmente brasileiro, o que se tornou a sua marca.

Obras literárias

Filmografia

Na Televisão
Ano Título Personagem Notas
2012 Subúrbia Seu Aloysio
2004 A Diarista Figueirão Episódio :"Separações "
1999 Chiquinha Gonzaga Raimundo
1996 Você Decide Episódio: "Sinatra do Méier"
1995 A idade da loba Altino
1990 A história de Ana Raio e Zé Trovão Júlio
Pantanal Padre Antônio Participação especial
Mãe de Santo Pai de Fernando [2]
1989 Kananga do Japão Juca Ferreira
1965 A Moreninha
1958 Grande Teatro Tupi Episódio :"A Morte Civil"
No Cinema
Ano Título Personagem
2017 Dona Flor e Seus Dois Maridos Pai Didi
2009 Se Eu Fosse Você 2 Dançarino
2005 Casa de Areia Capataz
2003 Meu Pai Advogado
1987 Tanga (Deu no New York Times?) Ovo
1970 Cléo e Daniel Benjamin
1969 Rifa-se uma Mulher Motorista
1962 Pluft, o Fantasminha Pirata antigo

Documentário

Em 2015, o documentarista Silvio Tendler, dirigiu "Haroldo Costa – O Nosso Orfeu".[3]

Referências

  1. Costa, Haroldo. «O samba, o teatro e uma fábula interracial - Entrevista para o Museu da Pessoa». Museu da Pessoa. Consultado em 28 de outubro de 2023 
  2. «Mãe de Santo». teledramaturgia.com. Consultado em 8 de fevereiro de 2021 
  3. Haroldo Costa – O Nosso Orfeu, acesso em 26 de julho de 2016.

Ligações externas


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