Georges Didi-Huberman | |
---|---|
Nascimento | 13 de junho de 1953 (70 anos) Saint-Étienne |
Cidadania | França |
Irmão(ã)(s) | Évelyne Didi |
Alma mater | |
Ocupação | filósofo, historiador de arte, professor universitário, teórico da arte |
Prêmios |
|
Empregador(a) | École des hautes études en sciences sociales, Universidade Paris VII |
Georges Didi-Huberman (Saint-Étienne, França, 13 de junho de 1953) é um filósofo, historiador da arte, crítico de arte e professor da École de Hautes Études en Sciences Sociales, em Paris. Escreveu extensamente sobre temas como imagem e memória. Ele é conhecido por seus estudos críticos sobre o Quattrocento e a arte contemporânea, bem como pela abordagem interdisciplinar de seus trabalhos.
Entre as obras mais conhecidas de Didi-Huberman estão "Diante do Tempo" (2000), "A Imagem Sobrevivente" (2002), "Imagens apesar de tudo" (2004), entre outros.
Didi-Huberman é considerado um dos mais importantes estudiosos contemporâneos da imagem e sua obra tem influenciado muitos artistas, curadores e teóricos da arte em todo o mundo. Seu trabalho é valorizado por sua originalidade e por sua capacidade de oferecer novas perspectivas sobre a arte e a cultura visual em geral.
Georges Didi-Huberman é filho de um pintor, e desde jovem se habituou com o ambiente de ateliê.[1] Ele estudou história da arte e filosofia na Université de Lyon e recebeu seu doutorado na École de Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), em Paris, em 1981, sob a orientação de Louis Marin.[2]
Entre suas obras notáveis, "Diante do Tempo" defende a tese de que a história das imagens é composta por "objetos temporalmente impuros", que não se encaixam nas categorias tradicionais de fetiches intemporais ou meras crônicas figurativas. Didi-Huberman desafia a abordagem linear da história da arte, introduzindo a ideia de ritmos heterogêneos e anacronismos muitas vezes negligenciados nas análises convencionais da imagem. Essa obra representa um afastamento radical das concepções neoclássicas e positivistas da história da arte, oferecendo uma abordagem mais complexa e sintomática das imagens.
"A Imagem Sobrevivente" analisa a contribuição de Aby Warburg ao campo da história da arte, destacando a resistência do autor às pretensões interpretativas totalizantes das abordagens historicistas da disciplina. De acordo com Didi-Huberman, Warburg propôs um modelo cultural da história que leva em conta os aspectos inconscientes do tempo, em contraposição ao tradicional esquema temporal de sucessões de estilos em progresso e declínio.
"Imagens apesar de tudo" representa uma mudança na produção do autor, que passa de um "historiador das imagens" a um "historiador através das imagens", como defende José D'Assunção Barros. A obra examina quatro fotos de um Sonderkommando do processo de incineração dos judeus gaseados em Auschwitz-Birkenau. Didi-Huberman questiona as condições sob as quais uma fonte visual pode ser incorporada à produção historiográfica e explora a importância de seu uso em situações em que há uma sensível lacuna documental. Este trabalho levanta questões cruciais, relevantes tanto para a história das imagens quanto para a história em um sentido mais amplo, e desencadeou debates significativos sobre a ética e o uso de imagens proibitivas, como as de Auschwitz, na pesquisa acadêmica e na compreensão da história.
Livros[3]
Livros em português
Ensaios em português