Fatoumata Diawara | |
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Fatoumata Diawara, Agosto de 2012 | |
Informação geral | |
Nascimento | 1982 (39 - 40 anos) |
Origem | Costa do Marfim |
País | França |
Gênero(s) | Folk Wassoulou |
Ocupação(ões) | Cantora |
Instrumento(s) | Vocal-Violão |
Período em atividade | 1999 - atualmente |
Gravadora(s) | World Circuit Records |
Página oficial | Fatoumata Diawara.com |
Fatoumata Diawara (Ouragahio, Costa do Marfim, 1982) é uma atriz, cantora, compositora e guitarrista reconhecida por mesclar o Wassoulou, música tradicional do Mali, semelhante ao blues, com os ritmos do Jazz e Soul. Ela foi a primeira mulher originária do Mali a performar solo com uma guitarra.[1] Ao lado da banda Tinariwen, do duo Amadou & Mariam e da cantora Oumou Sangaré, Diwara é uma das cantoras mais representativas da música do Mali na atualidade.[2]
Em 2019, ela recebeu duas indicações no 61º Grammy Awards: Melhor Álbum de World Music, por seu disco Fenfo; e Melhor Gravação de Dance pela canção Ultimatum, gravada em colaboração com a banda Disclosure.[3] Em 2020, ela participou da canção Desolé da banda Gorillaz.[4]
Diawara nasceu na Costa do Marfim, filha de pais malineses. Ainda criança retornou à terra natal de seus pais, Bamako, no Mali, e passou a ser criada por uma tia. Aos dezoito anos, Diawara mudou-se para a França para trabalhar como atriz.[5]
No ano de 1999, atuou no filme La Genèse, de Cheick Oumar Sissoko. Em 2001, no filme Sia, le rêve du python do diretor Dani Kouyaté.[6]
Para as filmagens do filme Sia, ela retornou à Bamako. Na mesma época, o diretor da companhia do teatro Royal de Luxe ofereceu-lhe um papel. Todavia, naquela época, uma mulher solteira no Mali tinha de receber permissão da família para trabalhar, o que foi negada por sua família. Diwara, então, decidiu fugir e ingressar na companhia.[5]
Na Royal de Luxe ela fez turnês pelo mundo. Entre ensaios e apresentações, ela costumava cantar. Depois de ouví-la, o diretor da companhia passou a escalá-la para cantar na comédia musical Kirikou et Karaba. Depois disso, ela começou uma carreira musical paralelamente a sua atuação teatral. Entre as turnês, ela se apresentava em bares em Paris. Lá, ela conheceu o produtor musical malinês Cheikh Tidiane Seck, que a convidou para cantar como vocal de apoio nos albuns das cantoras de Oumou Sangaré (Seya) et Dee Dee Bridgewater (Red Earth).[5]
Fatou começou a tocar guitarra inspirada na cantora maliana Rokia Traoré, recorda ela: "Uma garota do Mali com uma guitarra era uma coisa maravilhosa e ousada ao mesmo tempo. Por que a guitarra deve ser reservado para homens?". A partir daí, Diwara aprende as seis cordas sozinha e começa a escrever canções. Foi aí que percebeu que a música era a sua verdadeira paixão, decidindo dedicar-se totalmente a ela.[5]
Depois de gravar demonstrações de algumas canções, ela foi apresentada ao selo World Circuit por Oumou Sangaré. Assim, foi lançado seu primeiro álbum Fatou, em outubro de 2011.[5]