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Estela (do grego: stele, coluna) é a designação dada em morfologia vegetal à parte central do caule e da raiz das plantas vasculares que contém os tecidos derivados do procâmbio,[1] incluindo os tecidos vasculares (xilema e floema) e os outros tecidos que os acompanham, como o parênquima medular e interfascicular, fibras do esclerênquima e o periciclo. O periciclo, quando está presente, marca o limite externo da estela. Imediatamente fora da estela está a endoderme, que se considera a camada mais interna do córtex. Nas plantas com crescimento secundário a estrutura original da estela fica distorcida pelo crescimento posterior.

Descrição

O conceito de estela foi desenvolvido no século XIX pelos botânicos franceses P. E. L. van Tieghem e H. Doultion como um modelo para explicar as relações entre o caule e a raiz e a evolução da morfologia das plantas vasculares.

O conceito quando aplicado às diversas morfologias conhecidas levou à construção de vários sistemas de classificação distintos, colocando cada tipo de estelas em agrupamentos diferentes. Actualmente as classificações mais correntes dividem as estelas em dois tipos principais: (1) as protostelas; e (2) as sifonostelas. Estes tipos são depois subdivididos em categorias de acordo com diversos aspectos da sua morfologia.

Protostela

As primeiras plantas vasculares tinham caules com um núcleo central de tecido vascular. Este núcleo consistia num cordão cilíndrico de xilema, rodeado de floema. Em torno do tecido vascular pode existir uma endoderme que regula o fluxo de água para a dentro e para fora do sistema vascular. Esta disposição dos tecidos centrais denomina-se protostela.

Existem três tipos básicos de protostela:

Representação esquemática dos três tipos básicos de protostela
Representação esquemática dos três tipos básicos de protostela

Sifonostela

As sifonostelas apresentam uma região de tecido parenquimático chamada medula, por dentro da camada de xilema. Os tecidos vasculares rodeiam a medula como um cilindro oco. As sifonostelas frequentemente apresentam zonas onde os cordões vasculares estão interrompidos e ocupados por parênquima, situadas nos pontos onde se originam as folhas (megafilos, tipicamente), e denominadas lacunas foliares.

As sifonostelas podem ser ectofloicas (com o floema mais externo do que o xilema) ou anfifloicas (com camadas externas e internas de floema e o xilema entre elas). Entre as plantas vivas, muitos pteridófitos e algumas angiospérmicas asterídeas apresentam estela anfifloica.

As estelas anfifloicas podem ser de vários tipos:

A maior parte das plantas com semente apresentam uma disposição vascular que se considera derivada da sifonostela, em geral designada por eustela:

Corte esquemático do três tipos básicos de sifonostela.
Corte esquemático do três tipos básicos de sifonostela.

Existe uma variante ou subtipo da eustela que se encontra em monocotiledóneas como o milho e o centeio, que apresenta numerosos feixes condutores espalhados pelo talo, e que se denomina atactostela.

Notas

  1. Gifford, Ernest M. & Foster, Adriance S. (1988). Morphology and Evolution of Vascular Plants, (3rd ed.). New York: W. H. Freeman and Company. ISBN 0-7167-1946-0, p. 58.

Referências