Efacec | |
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SGPS, SA | |
Slogan | Empowering the future |
Atividade | Energia, Engenharia, Mobilidade |
Fundação | 1948 |
Fundador(es) | António Ricca e Guilherme Ricca[1] |
Sede | Arroteia - Leça do Balio Portugal |
Locais | Portugal, Espanha, Europa Central, EUA, América Latina, Brasil, Magrebe, África Austral e Índia |
Proprietário(s) | Mutares (71,73%) Grupo José de Mello (14%) Têxtil Manuel Gonçalves (14,27%) |
Pessoas-chave | Christian Klingler (Chairman)
Angelo Ramalho (CEO) |
Empregados | 2 000 |
Lucro | ![]() |
LAJIR | ![]() |
Faturamento | ![]() |
Website oficial | http://www.efacec.pt/ |
A Efacec (pronúncia: "ê-fá-séque") designa o conjunto das empresas que hoje se constituem como a Efacec Power Solutions.[2]
Criada em 1948, a Efacec é uma empresa portuguesa que opera nos sectores da energia, da engenharia e da mobilidade.[3] Com um perfil exportador, a Efacec tem referências em mais de 90 países[4] e uma presença regular em mais de 60, sendo líder mundial no mercado de infraestruturas de carregamento rápido para veículos elétricos.[5]
Criada em 1948, a Efacec nasce da união do grupo estrangeiro ACEC (Ateliers de Construtions Électriques de Charleroi), e de um dos maiores grupos empresariais portugueses à data, a CUF (Companhia União Fabril).[6]
A História do projeto Efacec inicia-se porém em 1905, com a inauguração da «Moderna, Sociedade de Serração Mecânica de Madeiras». Em 1917, durante a Primeira Guerra Mundial, a Efacec produz os primeiros motores elétricos fabricados em Portugal.[7]
Em 1921, é fundada a Electro-Moderna, Lda., constituindo a base de arranque da Empresa Fabril de Máquinas Eléctricas. Em 1948, é fundada a sociedade Empresa Fabril de Máquinas Eléctricas, S.A.R.L., com o capital distribuído entre a Electro-Moderna, os ACEC, a CUF e outros acionistas. Este fabricante de motores, impulsionado por António Ricca Gonçalves, acaba por inaugurar aquela que viria a ser a Efacec moderna.
Em 1958, os ACEC compraram a posição do Grupo CUF, tornando-se no acionista maioritário, situação que se mantém após 1969, data da primeira entrada da Efacec em Bolsa.[8] Entre 1966 e 1973, a Efacec vê crescer 2,5 vezes a sua área fabril e 6 vezes o seu volume de encomendas.
Em 1976, a Efacec arranca com a sua atividade na área dos Sistemas de Tração e entrega o primeiro transformador trifásico de 420 kV, 315 MVA, com 450 toneladas de peso, a maior unidade trifásica construída em Portugal.
Em 1981, a Efacec regista 4 milhões de contos em vendas internas e externas. Em 1990, o número sobe para os 25 milhões e, em 1998, para os 48 milhões.[9] Em 1998, a Efacec atinge 237.753 milhões de euros, tendo o mercado externo atingido os 84.046 milhões de euros e um resultado antes de impostos de 6 milhões de euros.[10]
Em 1999, a Têxtil Manuel Gonçalves entra no capital da empresa, com uma tomada de posição de 10,682% do direito de voto.[11] A 2 de março de 2000, o Grupo José de Mello adquiriu ao IPE uma posição de 10,56% dos direitos de votos da Efacec. E é assim que a herança do Grupo CUF reaparece, 42 anos depois, na História da Efacec.[12]
Em 2003, a Efacec define três grandes áreas de atividade, como resultado da avaliação estratégica que mereceu o acordo dos seus acionistas de referência: Soluções para a Energia, Soluções para Transportes e Logística e Soluções de Engenharia e Serviços. Em setembro de 2005, os grupos Têxtil Manuel Gonçalves e José de Mello lançaram uma OPA sobre o capital da Efacec ainda disperso em bolsa.[13]
Em 2007, com o apoio dos seus dois accionistas (GJM e TMG), desenvolve-se um novo modelo organizacional com dez Unidades de Negócio: Transformadores; Aparelhagem de Média e Alta Tensão; Servicing de Energia; Engenharia; Automação; Manutenção; Ambiente; Renováveis; Transportes e Logística.
Entre 2007 e 2010, o volume de negócios da Efacec ultrapassa os mil milhões de euros, compra várias empresas em todo o mundo e arranca vários projectos de raiz, como a construção de uma nova fábrica de transformadores nos EUA[14], crescendo em todos os indicadores e oferecendo soluções tecnologicamente avançadas em todo o mundo.
No final de 2014, a Efacec Power Solutions passou a constituir um grupo de empresas que reúne todos os meios de produção, tecnologias e competências técnicas e humanas para o desenvolvimento de actividades nos domínios das soluções de Energia, Engenharia, Ambiente, Transportes e Mobilidade Eléctrica, abrangendo ainda uma vasta rede de filiais, sucursais e agentes espalhados por quatro continentes.
A 23 de outubro de 2015, o controle acionário da Efacec Power Solutions passou a pertencer à Winterfell Industries[15], passando os antigos controladores, Grupo José de Mello e Têxtil Manuel Gonçalves (TMG), a accionistas minoritários. A Efacec fecha 2015 com prejuízos de 20 milhões de euros, voltando aos lucros em 2016 com o volume de negócios a atingir os 440 milhões de euros.[4]
No início de 2016 o grupo de Matosinhos lançou o programa Efacec 2020 com o objetivo de “repensar o grupo nas suas diferentes vertentes, nomeadamente produtos e serviços, competências, mercados, clientes, organização e modelo de governo". Até 2020 a Efacec Power Solutions quer crescer em volume de negócio e estar entre as três marcas líderes no domínio da inovação e tecnologia. [16] Nesse ano, a Efacec fechou o último exercício com lucros de 4,3 milhões de euros, contra prejuízos de 20,5 milhões de euros. A faturação do grupo Efacec em 2016 fixou-se em 431,5 milhões de euros, mais 15,5 milhões do que no ano anterior, com as exportações a gerarem 76% do total.[16][17][18]
Em agosto de 2017 a Efacec ganhou um projeto internacional para a construção do metro de Odense, na Dinamarca, para desenvolver toda a parte eletromecânica[19]. Este projeto será desenvolvido juntamente com a COMSA e com a MUNCK e, para a Efacec, o valor do negócio é de aproximadamente 47 milhões de euros, o que reflete a dimensão e a integração de soluções que serão prestadas pela empresa.[20] A Efacec já tem experiência nesta área de negócio, tendo estado envolvida na construção dos metros de Bergen, na Noruega, Dublin, na Irlanda e Porto, sendo que o mercado europeu cerca de metade do seu volume de negócios.[21]
Em outubro de 2018, a Efacec venceu um dos mais importantes concursos do segmento de passagens de nível da Europa.[22] O concurso foi lançado pela Trafikverket, a entidade gestora da infraestrutura ferroviária e rodoviária da Suécia, para o desenvolvimento, certificação e fornecimento de sistemas automáticos de proteção de passagens de nível de nova geração. Na sequência deste concurso internacional, onde participaram os maiores fabricantes europeus do setor, a Efacec, em conjunto com um parceiro local, fechou um negócio avaliado em cerca de cinco milhões de euros anuais.[23] Este tornou-se o maior contrato de exportação neste segmento para a empresa.[24]
Em fevereiro de 2019, um ano após a inauguração da Unidade de Mobilidade Elétrica da Efacec, a área cresceu cerca de 100% em volume de negócios (17 vs. 36 milhões de euros)[25], recrutou mais 100 pessoas e triplicou a capacidade de produção de carregadores rápidos e ultrarrápidos para veículos elétricos. A Mobilidade Elétrica representa, no arranque de 2019, 6% do total da atividade[26] da Efacec.
A Efacec encontra-se neste momento num processo de reprivatização
A Efacec desenvolve muitas das suas soluções tecnológicas e participa em inúmeros projetos de engenharia. Nos últimos anos, verificou-se um aumento significativo das suas atividades internacionais, estando presente em quase todos os continentes.[27]
O desenvolvimento tecnológico e a inovação são essenciais para a atividade da Efacec, estando patentes na atualização do portfólio tecnológico com produtos desenvolvidos totalmente “in house”, além dos domínios do cálculo e do projecto, e na produção e nos sistemas integrados.[28] Entre os vários projetos desenvolvidos pela empresa, destacam-se:
Destaca-se também a participação da Efacec em importantes projectos na área espacial, nomeadamente:
No início de 2015, a Efacec Electric Mobility, SA (EEM) anuncia que está a investir numa solução inovadora de carregamento sem fios de veículos elétricos para reforçar a sua oferta nesta área de negócio. Com um projeto que pretende eliminar a necessidade de cabos e simplificar o processo de carregamento, a Efacec ambicionava alargar o seu portefólio, contribuindo para o futuro da mobilidade elétrica[42].
Em 2016, a Efacec produz então os primeiros carregadores mundiais capazes de providenciar uma potência de 350 kilowatts e uma elevada tensão (1.000 volts) em veículos de longo alcance[43].No ano seguinte, aquando da visita do vice-presidente da Comissão Europeia e comissário europeu para a Energia, Marcos Sefcovic, à área da mobilidade elétrica da Efacec [44],a empresa anuncia que vendeu a primeira estação de carga móvel ultrarrápida do mundo a uma marca automóvel alemã, permitindo àqueles automóveis ganhar uma autonomia de até 1000 quilómetros graças a esta solução. Esta estação permite ainda a carga de veículos em diferentes localizações onde não seja oportuno a instalação definitiva de infraestrutura de carga[45].
Com vista a aumentar a oferta e melhorar as soluções de carga de elevada potência para veículos elétricos, em fevereiro de 2018, a Efacec inaugura a Unidade de Mobilidade Elétrica.[46] Com estas novas instalações, o grupo empresarial prevê aumentar a capacidade anual de produção de carregadores rápidos, segmento onde é líder mundial, e criar perto de 400 postos de trabalho, associados às novas tecnologias e padrões de evolução da mobilidade, até 2025.[47]
Com esta aposta, a Efacec prevê atingir um crescimento do volume de negócios de dois a três dígitos anualmente nos próximos anos, chegando perto da barreira dos 100 milhões de euros de faturação.[48][49]
Em março de 2018, a Efacec lança o programa de recrutamento “700 Recruta +”. Com este programa, a empresa pretende contratar 700 novos colaboradores até 2020, com foco nas áreas de mobilidade elétrica e automação. No âmbito desta ação de recrutamento, a empresa traçou paralelamente o objetivo de, em três anos, ter 500 mulheres nos seus quadros.[50][51]
A Efacec é desde 2004 membro do BCSD Portugal[52] (Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável), subsidiária portuguesa do Business Council for Sustainable Development.
A Efacec é um exemplo de sustentabilidade: utiliza 90% de tecnologia própria, desenvolve os seus produtos e sistemas, serviços e soluções e aposta fortemente na inovação, cooperando com elevado número de instituições de cariz tecnológico. A empresa tem desenvolvido os seus negócios com especial incidência naqueles que têm um impacto positivo na qualidade ambiental do planeta.[53]
A Efacec tem todas as suas Unidades de Negócio (em território nacional) certificadas pela ISO 14001[54] (certificado de qualidade, ambiente e saúde e segurança). A nível internacional, destaque para as certificações pela ISO 9001 da Efacec Contracting Central Europe, GMBH; Efacec Praha; Power Solutions Brasil; Efacec Switchgear India; Efacec Energia, Máquinas e Equipamentos Eléctricos – Sucursal España; e pela ISO 9001, pela ISO 14001, e pela OSHAS 18001 da Efacec Central Europe Limited S.R.L.[55]
Na vertente social, a Efacec participa nos programas “Porto de Futuro”[56] e “Junior Achievement”, que envolvem voluntariado e a cedência de recursos humanos.
Em abril de 2016, a empresa lançou uma nova plataforma de gestão de inovação, o “Mercado Ideias”, que permite construir soluções que respondam aos seus desafios de negócios.[57]
Em janeiro de 2006, a Efacec foi reconhecida pela Associação Industrial Portuguesa (AIP), com a Medalha de Ouro, pelo contributo dado pela empresa para a economia portuguesa e para a imagem de Portugal nos mercados externos.[58]
Em 2007, a Efacec venceu o prémio Empresa Mais Familiarmente Responsável, organizado pela Deloitte e pela AESE, tendo ganho na categoria das grandes empresas (ex-aequo com a EDP).[59]
A Efacec ganhou o Premio Suministradores Iberdrola 2009 na categoria de Responsabilidade Social Corporativa.[60] e o Prémio da Academia de Engenharia em 2009 e 2010 pela “excelência da engenharia própria, nos produtos e serviços desenvolvidos que asseguram à empresa uma competitividade indiscutível a nível internacional”e o Prémio da Academia de Engenharia em 2009 e 2010 pela “excelência da engenharia própria, nos produtos e serviços desenvolvidos que asseguram à empresa uma competitividade indiscutível a nível internacional”.[61]
Em 2010, a Efacec recebeu uma Menção Honrosa na vertente transversal Inovação, por ocasião da participação no Prémio Cidadania das Empresas e das Organizações.[62] Na categoria Produto, nos European Business Awards for the Environment, o Prémio Inovação para a Sustentabilidade em Portugal foi atribuído à Efacec, com o projeto “SmartGate”.[63] Ainda em 2010, a Efacec recebe o galardão de Empresa Mais Eficiente atribuído pela Direção Geral de Energia e Geologia e pela Agência para a Energia – ADENE.[64]
Em 2011, o Efapower EV QC50 da Efacec Engenharia e Sistemas - um carregador rápido de veículos elétricos que permite minimizar os problemas associados à baixa autonomia deste tipo de veículos - venceu o Prémio Produto Inovação COTEC/UNICER.[65] No mesmo ano, a Efacec ganhou o Prémio Equipas de Melhoria da Associação Portuguesa para a Qualidade e o Prémio Segurança - Manutenção de Subestações da REN.[66]
A Efacec ganhou o Prémio de Desenvolvimento Sustentável em 2013 - uma iniciativa da Heidrick & Struggles e do Diário Económico que visa reconhecer as entidades de todos os ramos de actividade pela excelência do trabalho desenvolvido nas dimensões ambiental, social e de gestão.[67]
Em 2016, a Efacec foi eleita para o Top 20 das empresas mais atractivas para trabalhar em Portugal pela Randstad.[68]