Conclave de 1362 | |||||||
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O Papa Urbano V | |||||||
Data e localização | |||||||
Pessoas-chave | |||||||
Decano | Hélie de Talleyrand-Périgord | ||||||
Vice-Decano | Guy de Boulogne | ||||||
Camerlengo | Hugues Roger[1][2] | ||||||
Protodiácono | Guillaume de la Jugie[2][3] | ||||||
Eleição | |||||||
Eleito | Papa Urbano V (Guillaume de Grimoard) | ||||||
Participantes | 20 | ||||||
Ausentes | 1 | ||||||
Escrutínios | 3 | ||||||
Cronologia | |||||||
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O conclave papal ocorrido entre 22 de setembro a 28 de outubro de 1362 resultou na eleição do Papa Urbano V depois da morte do Papa Inocêncio VI.[3] Foi o sexto conclave do Papado de Avinhão.[3]
Criado por | Cardeais | Por Cento |
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Papa João XXII (JXXII) | 1 | 4,76 % |
Papa Clemente VI (CVI) | 11 | 52,38 % |
Papa Inocêncio VI (IVI) | 9 | 42,86 % |
Total | 21 | 100 % |
Vinte dos 21 cardeais vivos participaram do conclave.[4] 11 ou 12 deles eram de Limousin e uma grande parte tinha laços com os papas anteriores. Havia três cardeais-sobrinhos de Inocêncio VI e 6 de Clemente VI. Os cardeais participantes eram:
Vinte cardeais entraram no conclave em 22 de setembro, os quais estavam divididos nas facções dos cardeais franceses e os da Gasconha (estes apoiavam o rei da Inglaterra, na sua qualidade de duque de Aquitânia).[5] Onze[6] ou doze[7] dos vinte cardeais eram originários de Limousin.
Depois de seis dias de deliberações, os cardeais acordaram a eleição de Hugues Roger, sobrinho de Clemente VI, que declinou da eleição em termos muito claros (diferente de muitos papas da época que fizeram uma demonstração de "negar-se" a aceitar só para fazê-lo mais tarde).[8] A partir de então, o cardeal Raymond de Canillac surgiu como papabile, mas não pode receber a maioria dos dois terços necessários.
Ficou evidente que nenhum dos cardeais poderiam receber a maioria necessária e a discussão, portanto, passou a considerar os nomers de não pertencentes ao Colégio.[7] As desavenças se prolongaram até 28 de outubro, quando os cardeais chegaram a um acordo para eleger Guillaume de Grimoard, legado apostólico no Reino de Nápoles, que por isso residia em Florença.[8] Ele se tornou o quinto Papa eleito sem fazer parte do Sacro Colégio. Ante o temor de que os italianos desejassem regressar o papado a Roma com a detenção de Grimoard, os cardeais franceses enviaram uma mensagem a este para realizar uma "consulta", sem dizer nada sobre sua eleição.[8] Grimoard demorou cinco semanas para chegar a Avinhão, onde foi coroado como Papa Urbano V.[7]
Depois de sua eleição, Urbano V retornou em 16 de outubro de 1367 a Roma, regressando a Avinhão três anos mais tarde, em 26 de agosto de 1370 antes de sua morte em dezembro desse ano.[9]