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A Biologia celular ou citologia é a ramificação da biologia que estuda a estrutura e função da célula, também conhecida como a unidade básica da vida.[1] A biologia celular abrange ambas as células procarióticas e eucarióticas, e pode ser dividida em vários sub-tópicos, que podem incluir o estudo do metabolismo celular, comunicação celular, ciclo celular e a bioquímica da célula. O estudo das células utiliza diversas técnicas como cultura celular, vários tipos de microscopia, e fracionamento celular. Eles permitiram e estão sendo usados atualmente para descobertas e pesquisas relativas ao funcionamento das células, fornecendo, em última análise, uma visão sobre a compreensão de organismos maiores. Conhecer os componentes das células e o funcionamento deles é fundamental para todas as ciências biológicas, além de também ser essencial para a pesquisa biomédica. A pesquisa na biologia celular é interconectada com muitos outros campos tais como a genética, genética molecular. bioquímica, biologia molecular, microbiologia médica, imunologia e citoquímica.

Técnicas

Células vistas através de um microscópio de fluorescência que permite ver uma determinada proteína em verde.
Imagem que mostra várias células vistas através de um microscópio de fluorescência que permite ver uma determinada proteína em verde.

A pesquisa moderna em biologia celular examina diferentes maneiras de cultivar e manipular células fora de um corpo vivo para continuar as pesquisas em anatomia e fisiologia humana e para derivar medicamentos. As técnicas pelas quais as células são estudadas evoluíram. Devido aos avanços na microscopia, as técnicas e a tecnologia permitiram aos cientistas compreender melhor a estrutura e função das células. Muitas técnicas comumente usadas para estudar a biologia celular estão listadas abaixo:[2]

Classificação e composição celular

Existem dois tipos fundamentais de células, as células procarióticas e eucarióticas. As células procarióticas são distinguidas das eucarióticas pela ausência do núcleo celular ou de outra organela delimitada por membrana.

Células procarióticas

Uma célula procariótica típica

As células procarióticas são as células dos organismos dos domínios Archaea e Bacteria, caracterizadas pela ausência de núcleo celular e de organelas revestidas por membrana. As células procarióticas são tipicamente menores e mais simples,[5] se reproduzindo por fissão binária. As bactérias, o tipo mais proeminente, têm várias formas diferentes, que incluem principalmente esféricas e em forma de bastonete.

Existem muitos processos que ocorrem nas células procarióticas que lhes permitem sobreviver. Por exemplo, em um processo denominado conjugação, o fator de fertilidade permite que a bactéria possua um pilus que lhe permite transmitir DNA para outra bactéria que não possui o fator F, permitindo a transmissão de resistência permitindo-lhe sobreviver em certos ambientes.[6]

Células eucarióticas

Uma célula animal típica

As células eucarióticas podem ser unicelulares ou multicelulares,[7] e incluem células de animais, plantas, fungos e protozoários, todas contendo organelas com várias formas e tamanhos.[8] Essas células são compostas pelas seguintes organelas:

As células eucarióticas também podem ser compostas dos seguintes componentes moleculares:

Processos

Ver artigo principal: Célula

Metabolismo celular

O metabolismo celular inclui muitas vias e é necessário para a produção de energia para a célula e, portanto, sua sobrevivência. Para a respiração celular, uma vez que a glicose está disponível, um processo denominado glicólise ocorre dentro do citosol da célula, produzindo o piruvato. O piruvato sofre descarboxilação usando o complexo multi-enzima para formar acetil-coA, que pode ser prontamente usado no ciclo de Krebs para produzir NADH e FADH2. Esses produtos estão envolvidos na cadeia de transporte de elétrons, para formar um gradiente de prótons através da membrana mitocondrial interna. Esse gradiente pode, então, conduzir a produção de ATP e H2O durante a fosforilação oxidativa.[15] O metabolismo nas células vegetais inclui a fotossíntese, que é simplesmente o oposto exato da respiração, uma vez que, em última análise, produz moléculas de glicose.

Comunicação e sinalização celular

A comunicação celular é importante para a regulação celular e para que as células processem informações do ambiente e respondam de acordo. A comunicação pode ocorrer por meio do contato direto com as células ou por sinalização endócrina, parácrina e autócrina. O contato direto célula-célula ocorre quando um receptor em uma célula se liga a uma molécula que está ligada à membrana de outra célula. A sinalização endócrina ocorre por meio de moléculas secretadas na corrente sanguínea. A sinalização parácrina usa moléculas que se difundem entre duas células para se comunicar. Um agente autócrino é uma célula que envia um sinal para si mesma, secretando uma molécula que se liga a um receptor em sua superfície. As formas de comunicação podem ser por meio de:

Ciclo celular

Ver artigo principal: Ciclo celular

O processo de crescimento da célula não se refere ao tamanho da célula, mas sim à densidade do número de células presentes no organismo em um determinado momento. O crescimento celular diz respeito ao aumento no número de células presentes em um organismo à medida que ele cresce e se desenvolve; à medida que o organismo cresce, aumenta também o número de células presentes. As células são a base de todos os organismos e a unidade fundamental da vida. O crescimento e o desenvolvimento das células são essenciais para a manutenção do hospedeiro e sobrevivência do organismo. Para esse processo, a célula passa pelas etapas do ciclo e desenvolvimento celular que envolvem crescimento celular, replicação do DNA, divisão celular, regeneração e morte celular. O ciclo celular é dividido em quatro fases distintas: G1, S, G2 e M. A fase G - que é a fase de crescimento celular - representa aproximadamente 95% do ciclo. A proliferação de células é instigada por progenitores. Todas as células começam em uma forma idêntica e podem essencialmente se tornar qualquer tipo de célula. Célula a sinalização, como a indução, pode influenciar as células próximas a diferenciar e determinar o tipo de célula em que ela se tornará. Além disso, isso permite que células do mesmo tipo se agreguem e formem tecidos, depois órgãos e, finalmente, sistemas. As fases G1, G2 e S (replicação, dano e reparo do DNA) são consideradas a parte da interfase do ciclo, enquanto a fase M (mitose) é a parte da divisão celular do ciclo. A mitose é composta por vários estágios que incluem prófase, metáfase, anáfase, telófase e citocinese, respectivamente. O resultado final da mitose é a formação de duas células-filhas idênticas.

O ciclo celular é regulado por uma série de fatores de sinalização e complexos, como ciclinas, quinase dependente de ciclina e p53. Quando a célula completa seu processo de crescimento e se encontra danificada ou alterada, ela sofre morte celular, por apoptose ou necrose, para eliminar a ameaça que pode causar à sobrevivência do organismo.[17]

Patologia

Ver artigo principal: Citopatologia

O ramo científico que estuda e diagnostica doenças em nível celular é denominado citopatologia. A citopatologia é geralmente usada em amostras de células livres ou fragmentos de tecido, ao contrário do ramo patológico da histopatologia, que estuda tecidos inteiros. A citopatologia é comumente usada para investigar doenças que envolvem uma ampla variedade de locais do corpo, muitas vezes para ajudar no diagnóstico de câncer, mas também no diagnóstico de algumas doenças infecciosas e outras condições inflamatórias. Por exemplo, uma aplicação comum da citopatologia é o esfregaço de Papanicolaou, um teste de rastreamento usado para detectar o câncer cervical e lesões cervicais pré-cancerosas que podem levar ao câncer cervical.

Citologistas notáveis

Ver também

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Referências

  1. Bisceglia, Nick. «Cell Biology». Scitable. www.nature.com 
  2. Lavanya, P. (Dez 1, 2005). Cell and Molecular Biology. [S.l.]: Rastogi Publications. p. 11. ISBN 978-8171338177 
  3. a b c d e f Cooper, Geoffrey M. (2000). «Tools of Cell Biology». The Cell: A Molecular Approach. 2nd Edition 
  4. McKinnon, Katherine M. (21 de fevereiro de 2018). «Flow Cytometry: An Overview». Current Protocols in Immunology. 120: 5.1.1–5.1.11. ISSN 1934-3671. PMC 5939936Acessível livremente. PMID 29512141. doi:10.1002/cpim.40 
  5. Bruce, Alberts; et al. (2017). Fundamentos de Biologia Celular. [S.l.]: Artmed 
  6. Griffiths, Anthony JF; Miller, Jeffrey H.; Suzuki, David T.; Lewontin, Richard C.; Gelbart, William M. (2000). «Bacterial conjugation». An Introduction to Genetic Analysis. 7th Edition 
  7. a b Nelson, Daniel (22 de junho de 2018). «The Difference Between Eukaryotic And Prokaryotic Cells». Science Trends. doi:10.31988/scitrends.20655 
  8. «The Morphology of Eukaryotic Cells: Shape, Number and Size». YourArticleLibrary.com: The Next Generation Library. 19 de março de 2014. Consultado em 22 de novembro de 2015 
  9. De Rooij, Johan (25 de junho de 2019). «F1000Prime recommendation of Force Triggers YAP Nuclear Entry by Regulating Transport across Nuclear Pores.». doi:10.3410/f.732079699.793561846 
  10. «Endoplasmic Reticulum (Rough and Smooth) | British Society for Cell Biology». Consultado em 6 de outubro de 2019 
  11. Pelley, John W. (2007), «Citric Acid Cycle, Electron Transport Chain, and Oxidative Phosphorylation», Elsevier's Integrated Biochemistry, ISBN 9780323034104, Elsevier, pp. 55–63, doi:10.1016/b978-0-323-03410-4.50013-4 
  12. Cooper, Geoffrey M. (2000). «The Golgi Apparatus». The Cell: A Molecular Approach. 2nd Edition 
  13. Verity, M A. Lysosomes: some pathologic implications. [S.l.: s.n.] OCLC 679070471 
  14. Cooper, Geoffrey M. (2000). «Transport of Small Molecules». The Cell: A Molecular Approach. 2nd Edition 
  15. a b Ahmad, Maria; Kahwaji, Chadi I. (2019), «Biochemistry, Electron Transport Chain», StatPearls Publishing, StatPearls, PMID 30252361, consultado em 20 de outubro de 2019 
  16. Schlessinger, Joseph (Outubro de 2000). «Cell Signaling by Receptor Tyrosine Kinases». Cell. 103 (2): 211–225. ISSN 0092-8674. PMID 11057895. doi:10.1016/s0092-8674(00)00114-8 
  17. Shackelford, R E; Kaufmann, W K; Paules, R S (Fevereiro de 1999). «Cell cycle control, checkpoint mechanisms, and genotoxic stress.». Environmental Health Perspectives. 107 (suppl 1): 5–24. ISSN 0091-6765. PMC 1566366Acessível livremente. PMID 10229703. doi:10.1289/ehp.99107s15 

Ligações externas

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