Arquidiocese de Lucca Archidiœcesis Lucensis | |
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Localização | |
País | Itália |
Território | |
Arquidiocese metropolitana | Imediatamente sujeita à Santa Sé |
Estatísticas | |
População | 318 390 311 455 católicos (2 021) |
Área | 1 520 km² |
Paróquias | 362 |
Sacerdotes | 178 |
Informação | |
Rito | romano |
Criação da diocese | século I |
Elevação a arquidiocese | 11 de setembro de 1726 |
Catedral | Catedral de Lucca |
Padroeiro | São Paulino |
Governo da arquidiocese | |
Arcebispo | Paolo Giulietti |
Arcebispo emérito | Benvenuto Italo Castellani |
Jurisdição | Arquidiocese |
Outras informações | |
Página oficial | www |
dados em catholic-hierarchy.org |
A Arquidiocese de Lucca (Archidiœcesis Lucensis) é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica situada em Lucca, na Itália. Seu atual arcebispo é Paolo Giulietti. Sua Sé é a Catedral de Lucca.
Possui 362 paróquias servidas por 178 padres, abrangendo uma população de 318 390 habitantes, com 97,8% da população jurisdicionada batizada (311 455 católicos).[1]
A diocese de Lucca foi fundada no século I. Segundo a tradição, o protobispo teria sido São Paulino, enviado a Lucca pelo próprio apóstolo São Pedro e martirizado na época do imperador Nero.[2] Um catálogo episcopal de Lucca, descoberto entre os manuscritos dos arquivos capitulares, lista os nomes de 15 bispos. Destes, seis bispos também podem ser encontrados em outras fontes: isso torna plausível a autenticidade histórica dos outros nove e todos são anteriores a meados do século VII.
Historicamente a menção mais antiga de um bispo de Lucca é a de Máximo a Tuscia de Luca, que assinou os atos do Concílio de Sárdica (cerca de 343). A investigação arqueológica atesta a antiguidade da igreja de Lucca, graças às escavações realizadas sob a basílica de Santa Reparata, que revelaram os restos de um batistério do século IV e de uma basílica de três naves do século V. Desde o início a sé episcopal esteve imediatamente subordinada à Santa Sé.[3]
Com a ocupação lombarda, Lucca tornou-se sede de um importante ducado e nos anos seguintes o território da diocese foi significativamente ampliado. A descrição mais antiga da diocese data de 1260 e consta do Libellus extimi Lucane Dyocesis, documento que relaciona todas as igrejas, mosteiros e locais de culto com rendimentos, elaborado por ocasião da recolha de um dízimo papal.[4]
Em 1120, o Papa Calisto II concedeu aos bispos de Lucca o uso do pálio, do pillolo ou solidéu vermelho (na época uma insígnia de cardeal) e da cruz processional metropolitana. Outro privilégio singular foi a queima de estopa no Glória durante a Missa Pontifical. Em 1387, o imperador Carlos IV concedeu aos bispos de Lucca o direito de conceder diplomas em utroque iure, filosofia e medicina, de nomear notários e cavaleiros e de legitimar bastardos.[4]
Os bispos de Lucca gozavam dos títulos de Príncipe do Sacro Império Romano, Conde Palatino, Conde de Diecimo, Piazza e Sala di Garfagnana. Em 1726, a jurisdição temporal sobre as terras do chamado condado episcopal, que os bispos tinham como antigos privilégios imperiais desde a Idade Média , foi vendida à república de Lucca.[4]
Em 11 de setembro de 1726 a diocese foi elevada à categoria de arquidiocese, não metropolitana, com a bula Inscrutabili divinæ do Papa Bento XIII.[5]
Em setembro de 1989 a arquidiocese recebeu a visita pastoral do Papa João Paulo II.[6]