Rui Dique Travassos Valdez
Nascimento 8 de dezembro de 1892
Lisboa
Morte 18 de dezembro de 1973
Cidadania Portugal
Alma mater
Ocupação médico, escritor, poeta

Rui Dique Travassos Valdez, em grafia antiga Ruy Dique Travassos Valdez (Lisboa, Santa Isabel, 8 de Dezembro de 1892 - Cascais, Cascais, 18 de Dezembro de 1973), foi um médico militar, publicista e genealogista português.[1]

Biografia

Filho único de Adriano Travassos Valdez (Elvas, 20 de Março de 1852 - Cascais, Cascais, 18 de Maio de 1941), Coronel de Engenharia e Oficial da Real Ordem Militar de São Bento de Avis, neto paterno e sobrinho-neto do 1.º Barão e 1.º Conde do Bonfim, e de sua mulher (Lisboa, São Mamede, 28 de Novembro de 1891) Júlia Amélia Dique da Fonseca (Lisboa, São Sebastião da Pedreira, 27 de Outubro de 1853 - Sintra, Belas, 3 de Fevereiro de 1953), neta paterna dum primo do 1.º Barão de Lordelo.[2][1][3]

Fez o curso do Liceu na Escola Académica, em Lisboa, e cursou a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, tendo concluído o curso de Licenciatura em Medicina em 1915 e defendido Tese em 1916. Foi esta um estudo intitulado A Figura do Padre José Agostinho de Macedo perante a Medicina (Dissertação inaugural, impressa a expensas do Instituto de Medicina Legal), por Ruy Dique Travassos Valdez. Lisboa: Oficinas Gráficas da Biblioteca Nacional, 1922, mandado imprimir pelo Prof. Doutor Azevedo Neves nos Arquivos do Instituto de Medicina Legal.[4]

Entretanto, fez parte do Corpo Expedicionário Português e serviu como Médico Militar em França, na Guerra de 1914-1918, atingindo o posto de Capitão-Médico Miliciano, tendo sido condecorado com as Medalhas da Campanha de França e da Vitória (Interaliada).[5] Foi 2º Assistente Provisório de Psiquiatria durante cinco anos do Prof. Doutor Júlio de Matos, sob cuja Direcção, bem como do Prof. Doutor Sobral Cid, trabalhou no Manicómio Bombarda.[3][5]

Fixou-se em Cascais em 1918, onde, desde então, exerceu clínica, sendo Médico do Hospital da Santa Casa da Misericórdia daquela vila desde 1931.[5]

Obedecendo a tendências literárias da juventude, escreveu vários sonetos, que publicou em jornais, especialmente no "Dia", e, depois, um pequeno repositório em Francês, Les Flambeaux Verts (sonetos em Francês), Rui/Ruy Travassos Valdez. [S.l. : s.n.], 1916, editado em 1917. Tomando interesse pelos estudos heráldico-genealógicos, publicou:[5][2][6][7]

Foi Sócio da Associação dos Arqueólogos Portugueses, do Instituto Português de Heráldica, do Instituto de Heráldica y Genealogía, de Madrid, e da Académie Internationale d'Héraldique, de Paris. Tomou parte, em Outubro de 1955, no Congresso Internacional de Heráldica e Genealogia, em Madrid.[5] Foi Genealogista e Heraldista de mérito.[3]

Foi colaborador da Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira.[5]

Casamento e descendência

Casou em Cascais, Cascais, a 23 de Julho de 1919 com Francisca de Sequeira Manso Gomes Palma (Beja, 1 de Novembro de 1889 - Cascais, Cascais, 29 de Junho de 1976), filha de José Duarte Laranjo Gomes Palma, lavrador e proprietário em Beja e Cavaleiro da Ordem Civil do Mérito Agrícola e Industrial Classe Agrícola, e de sua mulher Francisca Penedo de Sequeira Teixeira Manso, com geração.[2][3]

Referências

  1. a b Vários. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. [S.l.]: Editorial Enciclopédia, L.da. pp. Volume 32. 679 
  2. a b c Afonso 1988, Volume I, p. 313.
  3. a b c d Costados, D. Gonçalo de Mesquita da Silveira de Vasconcelos e Sousa, Livraria Esquina, 1.ª Edição, Porto, 1997, N.º 119
  4. Vários. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. [S.l.]: Editorial Enciclopédia, L.da. pp. Volume 32. 679-80 
  5. a b c d e f g h i j k l Vários. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. [S.l.]: Editorial Enciclopédia, L.da. pp. Volume 32. 680 
  6. Afonso 1988, Volume III, p. 824.
  7. «Pesquisa : registos para: Valdez, Rui Dique Travassos». PORBASE - Base Nacional de Dados Bibliográficos. Consultado em 22 de maio de 2014 
Bibliografia