| |||
---|---|---|---|
Município do Brasil | |||
Vista de Mariana a partir da torre da Igreja de São Pedro dos Clérigos | |||
Símbolos | |||
| |||
Hino | |||
Lema | Vrbs mea cellvla mater "Nossa cidade-mãe" | ||
Gentílico | marianense[1] | ||
Localização | |||
Localização de Mariana em Minas Gerais | |||
Localização de Mariana no Brasil | |||
Mapa de Mariana | |||
Coordenadas | |||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Minas Gerais | ||
Municípios limítrofes | Alvinópolis, Catas Altas, Ouro Preto, Acaiaca, Diogo de Vasconcelos, Piranga, Santa Bárbara | ||
Distância até a capital | 110 km | ||
História | |||
Fundação | 16 de julho de 1696 (328 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Celso Cota (MDB, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 1 194,208 km² | ||
População total (censo IBGE/2022[1]) | 61 387 hab. | ||
Densidade | 51,4 hab./km² | ||
Clima | tropical de altitude (Cwb) | ||
Altitude | 718 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
CEP | 35420-000 a 35429-999[2] | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[3]) | 0,742 — alto | ||
PIB (IBGE/2015[4]) | R$ 3 099 190,66 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2015[4]) | R$ 52 705,53 | ||
Sítio | www.mariana.mg.gov.br (Prefeitura) www.camarademariana.mg.gov.br (Câmara) |
Mariana é um município brasileiro localizado no estado de Minas Gerais, na Região Sudeste do país. Sua população recenseada em 2022 era de 61 387 habitantes,[1] com uma populacao flutuante, girando em torno, provavelmente, de 30 mil habitantes.[5][6] A economia local depende principalmente do turismo e da extração de minérios.
Mariana é conhecida como a primaz de Minas, por ter sido a primeira vila, cidade, bispado e capital de Minas Gerais.[7] No século XVIII, foi uma das maiores cidades produtoras de ouro para o Império Português. Tornou-se a primeira capital mineira por participar de uma disputa onde a Vila que arrecadasse maior quantidade de ouro seria elevada a Cidade sendo a capital da então Capitania de Minas Gerais.[8]
Em comparação com outros municípios do estado, Mariana detém uma posição econômica de destaque, sendo que o seu produto interno bruto (PIB) é um dos maiores de Minas Gerais. Sendo conhecida pela preservação cultural e patrimonial, liderando por 16 anos, com a maior pontuação, o ICMS Cultural.[9][10]
O atual território de Minas Gerais era habitado pelas populações indígenas falantes de línguas macro-jês até o século XVI, quando ocorreu o início da ocupação portuguesa do território.[11]
A origem da cidade remonta ao final do século XVII.[12] A região em que hoje se encontra o território das Minas Gerais pertencia à Capitania de Itanhaém,[12] porém encontrava-se completamente sem colonização de origem portuguesa. Assim, sob ordens dos donatários da capitania de Itanhaém,[12] bandeirantes oriundos de Taubaté,[12] primeira cidade do Vale do Paraíba, começaram a explorar o sertão após a Serra da Mantiqueira em busca do ouro. Ainda na segunda metade do século XVII, fundaram o primeiro núcleo colonial em território das futuras Minas Gerais, a considerada primeira vila mineira.[12]
O governador, em cerimônia, escolheu o lugar da praça pública, tendo, no seu centro, o pelourinho, símbolo da autonomia administrativa recém-adquirida. Nos dias seguintes, os "homens bons" se reuniram para a eleição da Câmara e a nomeação de diferentes oficiais municipais. No caso do Carmo, foi escolhido o arraial que conhecia mais forte crescimento, o arraial de Cima. A descrição da cerimônia estipulava que não somente os habitantes do lugar, mas todos que doravante dependeriam da jurisdição do novo distrito, se encarregariam, segundo seus meios, da construção da igreja, da Câmara e da prisão.[13]
Foi desta maneira que foi criada a primeira vila e, posteriormente, a primeira cidade em Minas Gerais.[14] Estavam presentes, segundo o Termo escrito então, as pessoas e moradores principais, assinando o documento (escrito por Manuel Pegado) Antônio de Freitas da Silva, Domingos Fernandes Pinto, José Rebelo Perdigão, Aleonardo Nardi Sizão de Sousa, que também assinava aliás Nardi de Arzão, Manuel Antunes de Lemos, Antônio Correia Ribeiro, Francisco de Campos (antigo chefe emboaba), Feliz de Azevedo Carneiro e Cunha, Pedro Teixeira Sequeira, Rafael da Silva e Sousa, conhecido reinol, José de Campos, Antônio Correia Sardinha, Bartolomeu Fernandes, Manuel Gonçalves Fraga, José de Almeida Naves, Jacinto Barbosa Lopes, Manuel da Silva e Sousa, Bernardo de Chaves Cabral, Manuel Ferreira Vilence, Torquato Teixeira de Carvalho, João Delgado de Camargos, Filipe de Campos, Manuel da Silva Leme, Caetano Moniz da Costa, Jerónimo da Silveira de Azevedo, Sebastião Preto Ferreira, Francisco Ribeiro de Morais, Fernando de Andrade, Jacinto Nogueira Pinto, Antônio Rodrigues de Sousa, Inácio de Sampaio e Almeida, Francisco de Lucena Monte Arroio, Pedro Correia de Godói, Bento Vieira de Sousa e José de Barros e Fonseca.[13][15]
Mariana faz parte da história do nascimento de Minas Gerais, pois foi sua primeira vila, cidade e capital. Sua imagem mais antiga foi o panorama desenhado por Thomas Ender em cerca de 1817, do Morro do Cruzeiro.[14]
A designação de Mariana veio mais tarde, em homenagem à rainha D. Maria Ana de Áustria, esposa do rei D. João V. Em 8 de abril de 1711, o governador do Rio de Janeiro Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho criou, no arraial do Ribeirão do Carmo, a Vila do Ribeirão de Nossa Senhora do Carmo, confirmada por Carta Régia de 14 de abril de 1712 com o nome mudado para Vila Real de Nossa Senhora. Mudará de nome outra vez em 23 de abril de 1745 para Cidade Mariana, homenagem do rei dom João V de Portugal a dona Maria Ana de Áustria, sua esposa.[14]
A Diocese de Mariana foi ereta pelo Papa Bento XIV, no dia 6 de dezembro de 1745, por meio da bula Candor lucis æternæ, a partir de território desmembrado da então Diocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, sendo nomeado primeiro bispo Dom Frei Manuel da Cruz.[16] A mesma bula criou a então Diocese de São Paulo (atualmente Arquidiocese de São Paulo), na Capitania de São Paulo.[17] No dia 16 de julho de 1897, um decreto pontifício transferiu para a Diocese de Mariana os municípios de Minas Gerais então subordinados à Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro.[18]
Em 11 de julho de 1903, presidido por Dom Silvério Gomes Pimenta, foi realizado o Primeiro Sínodo da Diocese de Mariana,[19] e no dia 1º de maio de 1906, o Papa Pio X, por meio da bula Sempiternam humani generis, elevou a diocese à categoria de arquidiocese e sé metropolitana.[20]
A Diocese de Mariana abrangia um território inicialmente bastante extenso, o qual foi desmembrado sucessivamente para constituir outras dioceses em Minas Gerais: Diamantina (1854), Pouso Alegre (1900), Caratinga (1915), Luz (1918), Belo Horizonte (1921), Juiz de Fora (1924), Leopoldina (1942), São João del-Rei (1960) e Itabira-Fabriciano (1965).[21]
Mariana foi um dos centros escravistas no Brasil Colônia. Sendo a segunda cidade que mais recebeu escravizados africanos na História da escravidão na América. Isso não só reflete o trabalho escravizado, mas também a resistência negra a escravidão. Uma das principais formas de resistência era a formação de quilombos. Há diversos quilombos marianenses que ainda resistem aos tempos atuais.[22]
Em 2015, Bento Rodrigues, um subdistrito de Santa Rita Durão, que é um dos distritos de Mariana, foi destruído após o rompimento de uma barragem administrada pela empresa Samarco. A onda de detritos de mineração atingiu 18,20 m de altura e matou 20 pessoas. A lama também contaminou o rio Doce.[23]
De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE,[24] o município pertence às Regiões Geográficas Intermediária de Belo Horizonte e Imediata de Santa Bárbara - Ouro Preto.[25] Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião de Ouro Preto, que por sua vez estava incluída na mesorregião Metropolitana de Belo Horizonte.[26]
Mariana está localizada a cerca de 12 km de Ouro Preto, 45 km de Ouro Branco, 60 km de Itabirito, 70 km de Conselheiro Lafaiete, 70 km de Ponte Nova e 75 km de Congonhas. Sua distância em relação à capital Belo Horizonte é de 110 quilômetros.
Na maior parte do município são marcantes os relevos ondulados e a presença de planaltos. Na divisa entre os municípios de Mariana e Ouro Preto situa-se o Parque Estadual do Itacolomi, onde é localizado o Pico do Itacolomi, o ponto mais alto do município se localiza nas bordas da Serra do Caraça a uma altitude que beira os 2000 metros. O Pico do Itacolomi não é o ponto mais alto nem de Ouro Preto nem de Mariana como popularmente se acredita, o pico fica em Mariana e possui uma altitude de 1772 metros.[27][28]
Topografia | % |
---|---|
Plano | 10 |
Ondulado | 30 |
Montanhoso | 60 |
O principal rio da cidade é o Rio do Carmo, que separa o centro histórico da parte mais nova da cidade. Há também o Rio Gualaxo do Sul, e outros rios menores nos arredores da cidade.[29]
O clima no município é típico tropical de altitude úmido. Os verões são quentes e chove com mais frequência. No inverno as temperaturas caem. A topografia da região, muito montanhosa e escarpada propicia a formação de bolsões de ar frio e neblina. O fenômeno é bastante visível ao amanhecer.[30][31]
Dados climatológicos para Mariana, Minas Gerais - Brasil | |||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima média (°C) | 28,2 | 28,5 | 28,5 | 27,1 | 25,5 | 24,5 | 24,7 | 25,9 | 26,8 | 27,4 | 27,5 | 27,3 | 26,8 |
Temperatura mínima média (°C) | 17,6 | 17,7 | 16,8 | 15,0 | 12,3 | 10,2 | 9,8 | 11,1 | 13,8 | 16,0 | 16,8 | 17,2 | 14,5 |
Precipitação (mm) | 252,0 | 184,9 | 155,5 | 69,2 | 27,7 | 12,3 | 10,3 | 11,8 | 48,7 | 123,7 | 202,3 | 305,8 | 1 404,5 |
Fonte: Tempo Agora[32] (29 de dezembro de 2013) |
Em grande parte do município a vegetação predominante é a mata atlântica. O cerrado também compõe o bioma do município, bem como a mata de transição.[33]
Possui uma populacao flutuante, girando em torno, provavelmente, de 30 mil habitantes. Em maior grau pela mineração, e em menor pela sua população universitária.[5][6]
Cor/Raça | Percentagem |
---|---|
Parda | 49,05% |
Branca | 30,14% |
Preta | 18,21% |
Amarela | 2,36% |
Indígena | 0,25%[36] |
Mariana possui um IDHM considerado alto segundo os padrões do IBGE. Principalmente a renda e a educação foram responsáveis pela elevação do IDH marianense na última divulgação. O IDH de Mariana em 2010 era de 0.742, que a colocava em 719º lugar entre os municípios brasileiros e o 52º entre os municípios mineiros.[3]
Entre 1991 e 2010, o IDH de Mariana teve um crescimento de cerca de 50% (considerando o total):
Ano | IDH | % parcial |
---|---|---|
1991 | 0,493 | |
2000 | 0,620 | +26% |
2010 | 0,742 | +20% |
O hino da cidade de Mariana, escrito em 1911, possui letra do poeta neorromântico/simbolista mineiro Alphonsus de Guimaraens e melodia composta por Antônio Miguel.[37]
Muitos desses bairros são frutos de ocupação e invasão. Mariana tem passado por um processo de gentrificação, fruto sobretudo da mineração na região, e do rompimento da barragem em Bento Rodrigues. Mariana possui um dos mais altos índices de aluguel em Minas Gerais. Isso gera um aumento dos moradores de rua na cidade[38], uma migração para bairros mais pobres e com menor infraestrutura[39][40][41], e um abandono da Universidade Federal de Ouro Preto, por parte da população universitária.[42][43][44]
De acordo com a divisão administrativa do país o município é composto de onze distritos: Mariana (sede), Bandeirante, Cachoeira do Brumado, Camargos, Cláudio Manuel, Furquim, Monsenhor Horta, Padre Viegas, Passagem de Mariana, Santa Rita Durão e Águas Claras, promovida a distrito em agosto de 2015.[45][46] Antigamente eram Acaiaca e Diogo de Vasconcelos distritos de Mariana, atualmente eles já estão emancipados.[47][48]
Além do distrito de Mariana, os outros distritos também possuem pontos turísticos; como cachoeiras, igrejas e paisagens exuberantes. Suas principais atrações são as festas tradicionais e as cachoeiras. Além disso, representam importante valor histórico e cultural para a cidade e região.
Mariana é uma das cidades que integram o Quadrilátero Ferrífero, região responsável por 60% de toda a produção nacional de minério de ferro. Em 2012, foi a 4ª cidade no país em arrecadação de royalties pela extração de minério, conforme estudo da Universidade Federal de Ouro Preto.[61]
O setor agropecuário representava em 2011 0,3% do PIB, sendo uma atividade praticamente de subsistência. O município vinha apresentando um crescimento contínuo de sua economia, devido principalmente à expansão do setor de mineração. Em 2011, seu PIB foi de R$ 5 443 576 000,00 e o seu PIB per capita (Ppc) foi de R$ 99 342,59.[62] Instabilidades políticas e problemas com a mineração, entretanto, puseram a cidade em um estado de crise econômica em 2015.[63]
A economia do município pode ser aferida pelos valores agregados de seu Produto interno bruto (PIB), nos seus três setores:[62]
Setor | Valor Agregado (em milhões) | % |
---|---|---|
Agropecuária | R$ 1 034,075 | 19,3 |
Indústria e Mineração | R$ 4 312,828 | 80,4 |
Serviços | R$ 17,799 | 0,3 |
Em comparação com outros municípios do estado, Mariana detém uma posição econômica de destaque, sendo o seu PIB um dos maiores entre os 853 municípios mineiros. O seu Ppc tem um destaque ainda maior no cenário estadual, sendo o quinto maior de Minas Gerais. Em âmbito nacional, Mariana é o 25° maior Ppc do Brasil (dados de 2011). No ano anterior, Mariana era o 91º do Brasil em Ppc (R$ 51 832,18). Em um ano, houve um significativo crescimento de 92%.[62]
A cidade possui um enorme patrimônio arquitetônico do barroco produzido durante o Brasil Colonial e faz parte do circuito da Estrada Real.[64] Além disso, o turismo ecológico teve também uma expansão importante, contribuindo de forma significativa para o desenvolvimento do setor de serviços e transformando Mariana em uma das cidades mineiras com o maior número de praticantes dos chamados esportes radicais, como montanhismo e mountain bike.[65]
Mariana recebe boa parte do fluxo de turistas de Ouro Preto, devido à pequena distância de 12 km. Essa integração se ampliou com a criação do Trem da Vale, fruto da parceria entre a Vale e as Prefeituras Municipais de Mariana e Ouro Preto. Após décadas parado, o trem turístico voltou a funcionar em abril de 2006, com viagens diárias. A Estação Ferroviária de Mariana foi totalmente revitalizada e é um ponto turístico da cidade, além de possuir uma biblioteca, um play-ground temático e um centro de mídia para a população.[66]
Como atrações naturais, a cidade conta com várias cachoeiras, como a do Brumado (no distrito de mesmo nome), da Serrinha (em Passagem de Mariana), do Cristal e a da Prainha (no bairro Santo Antônio).[67] Entre o centro histórico e o distrito de Passagem, há uma simpática pista de ciclismo e caminhada, que possui ainda academia ao ar livre e um lago represado.[68] Nos arredores da cidade há ainda várias cavernas e grutas naturais, e uma montanha para prática de escalada e paraquedismo, o Pico da Cartuxa.[69][70]
O transporte público municipal em Mariana é gratuito, pelo programa Tarifa Zero, criado em 2022.[71] Há 11 linhas de ônibus dentro do munícipio, e uma frota de 14 veículos.[72] Há linhas diretas para todos os distritos. As linhas municipais e distritais são feitas pela Viação Transcotta, que também faz as duas ligações com Ouro Preto: Mariana-Ouro Preto (centro histórico), Mariana-Saramenha (distrito industrial, passando pela Bauxita e pelo Campus Morro do Cruzeiro - UFOP).[73][74][75]
O município conta com linhas de ônibus diárias para Belo Horizonte (pela Viação Pássaro Verde) e São Paulo (pela UTIL).[76] Ainda existem linhas não diárias para Brasília e Vitória/Guarapari.[77]
De Mariana para Ouro Preto há também uma ligação turística por trem, um trajeto de cerca de 1 hora. O trem segue por um trecho do Ramal de Ponte Nova da antiga Estrada de Ferro Central do Brasil, passando pelo distrito de Passagem de Mariana e cortando belíssimas paisagens da região dentre cachoeiras, serras e montanhas, além dos túneis históricos da ferrovia.[78]
Mariana tem sofrido com uma enorme população flutuante, que gira em torno de 30 mil pessoas, quase metade da população regular.[5] Essa situação também tem se refletido no transito da cidade. Segundo dados oficiais, em 10 anos, a frota de veículos na cidade aumentou 70%. Passando de 19.595, em 2012, para 33.314, em 2022, aumento que não foi seguido a mudanças estruturais urbanas, gerando engarrafamentos, acidentes, etc.[79][80]
De acordo com dados de 2012 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município de Mariana tinha 35 pré-escolas, 40 unidades de ensino fundamental, 15 de ensino médio e 10 instituições de ensino superior.[81]
Juntamente com Ouro Preto, Mariana é considerada um polo universitário. Atualmente o município sedia dois institutos da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP): o Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) e o Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA), ambos constituindo o campus local da UFOP. Há também instituições de ensino superior privadas como a UNIPAC, Faculdade Arquidiocesana de Mariana (FAM) e Faculdade de Administração de Mariana (FAMA), além de algumas instituições de ensino superior a distância, como a COC e a FINOM. Também conta com uma escola técnica, o Adjectivo CETEP e também uma unidade do SENAI.[81]
Com 29 estabelecimentos de saúde municipais e 18 privados, mariana possui uma rede de saúde em crescimento.[82] Apesar disso, ainda depende dos serviços mais sofisticados de outras cidades, principalmente da capital Belo Horizonte. A situação vem melhorando com a construção de um novo Pronto Socorro e Policlínica; Com a setorização do serviço básico de saúde e com a construção de uma UPA 24h, esta última ainda em andamento.[83]
A cidade possui um carnaval que remonta a sua história. Assim como inúmeras cidades históricas do estado de Minas Gerais, possui blocos carnavalescos com décadas de existência, um deles o bicentenário Bloco Zé Pereira da Chácara, o mais antigo bloco carnavalesco em funcionamento do Brasil.[84] A cidade se mostra uma alternativa ao também tradicional carnaval universitário de Ouro Preto, sendo que a festa marianense é um evento que visa ser mais familiar.[85][86]
Ela também é rica nas tradições católicas, com as procissões, festas da padroeira Nossa Senhora do Carmo[87], festa de São Roque[88], festa de Nossa Senhora das Mercês[89], do Divino Espírito Santo[90], de São Francisco de Assis, de Nossa Senhora da Assunção[91], de Nossa Senhora do Rosário[92], entre outras. Possui uma das mais tradicionais e belas Semanas Santas do Brasil e é uma das poucas cidades que ainda se conserva os ritos em Latim, nas novenas e Missas solenes.[93]
Nas procissões, os moradores e a Associação de Artistas da Cidade, enfeitam as ruas com tapetes de serragem, que dão um visual festivo e colorido ao centro histórico. Os Sinos também fazem parte da história do local, são tocados frequentemente nas festas dos Santos e nas Missas.[93]
A cidade é considerada a primeira cidade planejada de Minas Gerais e uma das primeiras do Brasil. Foi projetada pelo engenheiro militar José Fernandes Pinto Alpoim.[94] A maior parte do patrimônio arquitetônico está localizada no Centro Histórico, que se iniciou a partir de três praças:
Além das praças, a cidade possui vários outros pontos de interesse:
A cidade de Mariana conta com duas equipes profissionais de futebol; o Guarany e o Marianense.[118] Em Mariana são realizados vários eventos desportivos, como a uma etapa do campeonato mineiro de Rally de velocidade, além de várias maratonas para pessoas de todas as idades.[119] O Handebol feminino e masculino da cidade são destaques no estado.[120] No município também é realizado o Iron Bike (maior competição de bike da América Latina).[121] Mariana é a capital nacional de mountain bike.[122]
A prefeitura de Mariana incentiva seus estudantes a praticar atividades desportivas. Em Mariana são realizados diversos jogos escolares como o JEI e o JEM. Uma das mais tradicionais competições do município, o JEM conta com a participação de mais de dois mil alunos, em mais de 400 jogos realizados.[123]
A cidade esta sofrendo uma mudança estrutural. O ginásio polidesportivo de Mariana foi desmontado porque possuía uma estrutura comprometida e precisaria de uma enorme reforma. O ginásio também não combinava com o estilo arquitetônico de seu entorno. No lugar do ginásio, foi construído o Centro de Convenções Alphonsus de Guimaraens, com pavilhões de feiras de 1600 m² e capacidade para 1500 pessoas. Há ainda saguão para recepção de público com áreas de apoio, café e teatro com mais de 500 lugares.[124]
Por conta do desmonte foi criado um projeto de um Complexo Desportivo Olímpico, uma arena multi-eventos, que poderá atender todos os tipos de eventos. A Arena Mariana foi construída para atender melhor os atletas, receber as federações e confederações desportivas e sediar campeonatos. São três quadras multi-eventos, pista de skate, piscina olímpica, piscina para salto ornamental e quadra coberta com capacidade para cinco mil pessoas, que pode ser utilizada também na promoção de shows e eventos, trazendo benefícios para as entidades desportivas. O complexo está entre os melhores do estado, ao disponibilizar infraestrutura para a prática de várias modalidades, tais como natação, polo aquático, nado sincronizado, salto ornamental, atletismo, handebol, vólei, futsal, ginástica olímpica, futsal, basquetebol e skate.[125]
|titulo=
at position 4 (ajuda)
|título=
(ajuda)
|titulo=
at position 12 (ajuda)