Margarida Cardoso | |
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Nascimento | 12 de junho de 1963 (60 anos) Tomar |
Cidadania | Portugal |
Alma mater | |
Ocupação | realizadora de cinema, roteirista, realizadora |
Prêmios |
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Maria Margarida de Almeida Rodrigues Cardoso (Tomar, 12 de junho de 1963[1]) é uma premiada realizadora portuguesa condecorada pelo governo português. Ficou conhecida com o filme A costa dos murmúrios, no qual explora a temática colonial e pós-colonial, numa perspectiva muito singular patente em vários dos seus filmes. [2][3]
Margarida Cardoso, nasceu em 1963 na cidade de Tomar e com três anos foi com a família para Moçambique, onde o pai que era militar da força aérea portuguesa fora colocado. Até 1975, ano em que regressou a Portugal com 12 anos, viveu em várias cidades moçambicanas, nomeadamente na antiga Lourenço Marques (actual Maputo), em Nampula e na Beira. [4][5][6][7]
Regressada a Portugal vai morar com os pais em Tancos e aos 15 anos vai estudar na Escola Artística António Arroio (Lisboa), onde frequenta o curso de Imagem e Comunicação Audiovisual. [5][4][8][2] Terminado o curso, começa a trabalhar em cinema em 1983, na série Histórias de Mulheres do realizador Lauro António. Entre outras funções, trabalhou como assistente de realização, anotadora e fotografa de cena, em Portugal e em França onde viveu vários anos, em mais de 50 filmes de realizadores como: Edgar Pêra, Alexander Sussmann, Edgar Pêra, Inês de Medeiros, João Botelho, Joaquim Leitão, João Pedro Ruivo, Jorge Marecos Duarte, Lauro António, Luís Galvão Teles, Luís Filipe Rocha , Solveig Nordlund, entre outros. [5][7][9][2]
Em 1996, estreia-se como realizadora com a curta-metragem Dois Dragões. [10] Seguem-se Natal 71, Kuxa Kanema - O Nascimento do Cinema, A Costa dos Murmúrios pelo qual é galardoada em vários festivais e obtem o reconhecimento internacional, e Yvone Kane, nos quais Margarida Cardoso explora a temática colonial e pós-colonial, a partir da memória e dos sentimento de perda e culpa. [3][5][11][12]
Paralelamente à carreira como realizadora, é desde 2005, professora de Cinema, Vídeo e Comunicação Multimédia na Universidade Lusófona de Lisboa. É também tutora no mestrado Docnomads na The Mobile Film School.[13][14][15]
Ganha o Prémio de Melhor Documentário Português nos Encontros de Cinema da Malaposta em 1999, pelo documentário Natal 71. [16]
Com A Costa dos Murmúrios, é galardoada com vários prémios em 2004 e 2005, nomeadamente: o Prémio Léopards de Demain no Festival Internacional de Cinema de Locarno, uma Menção Especial no Festival Internacional de Cinema de Mannheim-Heidelberg e o de Melhor Filme no Caminhos do Cinema Português. [17]
Em 2007, é distinguida com o Grande Prémio TOBIS de Melhor Filme de Longa-metragem no DocLisboa desse ano, pelo documentário Era Preciso Fazer as Coisas. [18][19]
Com Yvone Kane, ganhou o Prémio de Melhor Longa-Metragem no festival Caminhos do Cinema Português em 2015 e é duplamente galardoada no Prémio Autores no ano seguinte, com os Prémios de Melhor Filme e Melhor Argumento. [20][21]
Foi condecorada pelo Estado Português com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique no dia 8 de Março de 2005. [22]
Em 2015, foi criada na Universidade L’Orientale de Nápoles a "Cátedra Margarida Cardoso", um centro de investigação criativa inspirado nos seus filmes. [23][24][25]